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Todos os agentes envolvidos no cuidado (pacientes, familiares e colaboradores) desejam uma assistência segura. Mas como podemos atingi-la? Uma das dificuldades para responder a esta pergunta está nas múltiplas definições de segurança e os vários subconceitos envolvidos: ausência de erros, práticas preventivas, redução de danos, respostas rápidas frente à incidentes, e até experiência positiva do paciente.

Por essa razão, um estudo publicado por Charles Vincent selecionou 5 perguntas fundamentais para entender se uma instituição promove ou não a segurança:

  • O cuidado ao paciente foi seguro no passado? – é preciso analisar informações prévias do paciente, sobre danos físicos e psicológicos.
  • Os sistemas e processos institucionais são confiáveis? – refere-se à credibilidade destes itens e a capacidade da equipe em seguí-los corretamente.
  • O cuidado é seguro hoje? – refere-se à capacidade de monitorar dados atuais sobre segurança.
  • O cuidado será seguro no futuro? – é a habilidade de prever e se preparar para problemas e soluções.
  • Nós estamos respondendo e aprimorando? – refere-se à capacidade de detectar, analisar, integrar, responder e melhorar a partir das informações de segurança obtidas.

 

Confira também: Cascata de incidentes ao longo da “jornada do paciente”: um novo olhar para a análise de eventos adversos

 

A partir desta premissa, o trabalho também deu 10 dicas para medir e monitorar a segurança na instituição de saúde:

  1. Uma medida única de segurança é uma fantasia: a busca por métricas simples, às vezes, levam as organizações a utilizar uma métrica específica como um indicador genérico que responda sobre o seu desempenho em segurança. Contudo, a segurança não pode ser resumida em uma única métrica e tal abordagem dá uma falsa impressão.
  2. O monitoramento de segurança é crítico e não recebe atenção suficiente: os líderes precisam ter tempo para caminhar, conversar, monitorar e intervir quando necessário. Os pacientes e colaboradores desempenham um papel essencial no monitoramento da segurança, mas são uma fonte subutilizada.
  3. Abordagens preventivas e proativas para a segurança: sistemas de monitoramento mais evoluídos combinam tanto as informações pós evento quanto as de antes do evento.
  4. Integração e aprendizagem: investimento em tecnologia e conhecimento em análise de dados. A informação segura deve ser transformada em um formato útil e compreensível.
  5. Mapear o gerenciamento de segurança e monitorá-lo por toda a instituição:  considerar quais tipos de dano são prevalentes, quais características do cuidado devem ser confiáveis, e como monitoramos, prevenimos e integramos a informação sobre segurança.
  6. Uma combinação de métricas externas exigidas e desenvolvimento local: vários indicadores devem ser comparáveis com parãmetros nacionais e internacionais, embora possa ser complementado com métricas internas. Mas a rotina do monitoramento, prevenção e preparação é feita necessariamente através de atividades locais, tanto a nível dos colaboradores quanto de diretores.
  7. Necessidade de clareza na proposta ao desenvolver as métricas de segurança:  tomar cuidado com a coleção de dados excessivamente complexa e testar métricas de segurança antes de sua implementação.
  8. O empoderamento e delegação de responsabilidades para o desenvolvimento e monitoramento dos indicadores de segurança é essencial: as unidades clínicas precisam de flexibilidade para desenvolver indicadores que sejamerelevantes e se adaptam ao contexto local.
  9. A colaboração entre os reguladores e regulados é fundamental: a fragmentação de informações-chave de segurança entre as partes interessadas, combinadas ao panorama regulador complexo são ameaças potenciais à segurança.
  10. Tomar cuidado com iniciativas danosas: alguns tipos de métricas introduzem iniciativas que podem restringir o tempo ou gerar comportamentos indesejados. Nós precisamos ter uma abordagem mais integral para o gerenciamento e monitoramento.

 

Com esta visão, a instituição deve promover, de fato, um cuidado seguro e de qualidade.

 

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Neste episódio, Aléxia Costa comenta sobre as diferenças entre medidas de segurança do paciente x percebidas:

 

Referência:

Charles Vincent; Susan Burnett; Jane Carthey. Safety measurement and monitoring in healthcare: a framework to guide clinical teams and healthcare organisations in maintaining safety. British Medical Journals. 2013.



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