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08 Perguntas e respostas sobre o anestesiologista e o procedimento anestésico

Além de direcionar a anestesia, o anestesiologista administra as funções vitais, como frequência cardíaca, pressão arterial, ritmo cardíaco, temperatura corporal e respiração.

Antes da cirurgia, o anestesiologista avaliará a condição médica e formulará um plano anestésico que leve em consideração a condição física do paciente. É vital que o anestesiologista saiba o máximo possível sobre o histórico, estilo de vida e medicamentos usados pelo paciente, incluindo suplementos de ervas e medicamentos de venda livre. Conheça mais sobre este importante profissional que é essencial no fluxo do paciente cirúrgico!

 

1- Quem são os Anestesiologistas?

Anestesiologistas são médicos treinados para administrar e controlar a anestesia dada durante um procedimento cirúrgico. Eles também são responsáveis por gerenciar e tratar alterações em funções críticas de vida do paciente – respiração, frequência cardíaca e pressão arterial – conforme são afetadas pela cirurgia que está sendo realizada. Além disso, eles diagnosticam e tratam quaisquer problemas médicos que possam surgir durante e imediatamente após a cirurgia.

No Brasil, o treinamento em anestesiologia é supervisionado pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). A SBA confere o Título Superior em Anestesiologia (TSA), o Título de Especialista em Anestesiologia (TEA) e o Certificado de Área de Atuação em Dor.

 

Leia também: Como Acreditar o Centro Cirúrgico, UTI, Farmácia ou Serviço de Anestesia da minha organização?

 

2- O que é a Consulta pré-anestésica?

Como a anestesia e a cirurgia afetam todos os sistemas do corpo, o anestesiologista conduzirá uma entrevista pré-operatória. Às vezes, isso é feito pessoalmente; em outros casos, o anestesiologista irá entrevistar o paciente por teleconsulta. Durante esta entrevista, o anestesiologista revisará o histórico médico, bem como discutirá as informações mencionadas acima. Ele(a) também irá informar o paciente sobre o que esperar durante a cirurgia e discutir as escolhas anestésicas. Este também é o momento de discutir quais medicamentos devem ser interrompidos e quais podem continuar antes da cirurgia, bem como quando parar de comer antes da cirurgia.

Se o paciente não se encontrou pessoalmente durante a entrevista pré-operatória, o anestesiologista se reunirá com o paciente imediatamente antes da cirurgia para revisar todo o seu histórico médico, bem como os resultados de quaisquer exames médicos realizados anteriormente. A essa altura, ele terá uma compreensão clara de suas necessidades anestésicas.

 

3- Como condições médicas pré-existentes são tratadas durante a cirurgia?

Se o paciente tiver uma condição médica pré-existente, como diabetes, asma, problemas cardíacos ou artrite, o anestesiologista será alertado sobre isso e estará bem preparado para tratar essas condições durante a cirurgia, bem como imediatamente após. Os anestesiologistas são treinados para lidar com problemas médicos súbitos relacionados à cirurgia, bem como quaisquer condições crônicas que possam precisar de atenção durante o procedimento.

 

4- Como a condição do paciente é monitorada durante a cirurgia?

O monitoramento é uma das funções mais importantes do anestesiologista durante a cirurgia. A observação segundo a segundo até mesmo das menores mudanças em uma ampla gama de funções do corpo dá ao anestesiologista uma quantidade enorme de informações sobre o bem-estar do paciente. Além de direcionar a anestesia, o anestesiologista administra as funções vitais, como frequência cardíaca, pressão arterial, ritmo cardíaco, temperatura corporal e respiração. Ele também é responsável pela reposição de fluidos e sangue, quando necessário. Tecnologia sofisticada é usada para monitorar cada sistema de órgão e sua função durante a cirurgia.

 

5- O que são reações prévias a anestésicos?

Se o paciente já teve uma reação ruim a um agente anestésico, precisa ser capaz de descrever exatamente qual foi a reação e quais foram seus sintomas específicos. Forneça ao anestesiologista o máximo de detalhes possível, como o paciente se sentiu enjoado ao acordar ou o tempo que demorou para acordar.

 

6- Qual a importância de identificar qualquer alergia conhecida?

O paciente (ou seu responsável) deve discutir quaisquer alergias conhecidas com o anestesiologista, pois alguns anestésicos desencadeiam alergias cruzadas, principalmente em pessoas que têm alergia a ovos, a latex e produtos de soja. Alergias a alimentos e medicamentos devem ser identificadas.

 

7- Qual a importância da reconciliação medicamentosa no processo de anestesia?

É importante o paciente informar ao cirurgião e anestesiologista sobre os medicamentos prescritos e os medicamentos de venda livre que o paciente está tomando ou tomou recentemente. Certos medicamentos prescritos, como varfarina, um anticoagulante, devem ser descontinuados por algum tempo antes da cirurgia. Além disso, como muitas pessoas tomam diariamente uma aspirina para prevenir um ataque cardíaco e certos suplementos alimentares, os médicos precisam ficar atentos a esses hábitos, pois podem prolongar o sangramento e interferir nos medicamentos usados pelos anestesiologistas.

 

8- Tabagismo, uso de drogas ilícitas e ingestão de álcool podem impactar na anestesia?

Devido à maneira como os cigarros e o álcool afetam os pulmões, o coração, o fígado e o sangue, essas substâncias podem alterar a maneira como um anestésico funciona durante a cirurgia. É importante informar o cirurgião e o anestesiologista sobre seu consumo passado, recente e atual dessas substâncias antes da cirurgia. Os pacientes geralmente relutam em revelar o uso de drogas ilícitas (como maconha, cocaína ou anfetaminas), mas vale lembrar que todas as conversas entre o paciente e seu cirurgião e anestesiologista são confidenciais. É crucial que ele(a) saiba sobre seu uso passado, recente e atual dessas substâncias, pois essas drogas podem afetar a cura e as respostas à anestesia.

 

Fonte da imagem: Envato

Fonte:

• SBA – Quem Somos (sbahq.org)
• Vinagre R, Tanaka P, Tardelli MA (3 March 2021). “Competency-based anesthesiology teaching: comparison of programs in Brazil, Canada and the United States”. Brazilian Journal of Anesthesiology. 71 (2): 162–170.
• The Johns Hopkins Medicine, 2023.



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