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Setembro Amarelo: 5 sinais de alerta de suicídio

Todo dia 10 de setembro o mundo todo celebra o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, mas vale lembrar que o alerta sobre os sinais que levam alguém a tirar a própria vida deve permanecer o ano inteiro. Discutir e trazer mais informações sobre saúde mental podem contribuir para redução dos índices de mortes autoprovocadas.

O contexto da pandemia de Covid-19 vem sendo apontado por diversos países e organizações científicas como um alerta para um aumento ainda maior nas ocorrências de suicídio e automutilação, devido ao agravo de riscos psicossociais, medo do contágio, ansiedade, isolamento social, luto e stress das tensões relativas à infecção. O momento e seu impacto na sociedade são mundialmente estudados, especialmente no âmbito da saúde, educação, economia e em demais questões sociais.

O Ministério da Saúde vai divulgar informações importantes para entender melhor os sintomas dos agravos da saúde mental e também como buscar ajuda. Os temas que serão trabalhados são:

  • esquizofrenia;
  • sociabilidade e solidão;
  • ansiedade;
  • depressão;
  • suicídio;
  • luto coletivo e novos conceitos relacionados à pandemia;
  • Burnout;
  • trabalho e parentalidade;
  • produtividade x descanso;
  • positividade tóxica;
  • terapia à distância;
  • dependência química na pandemia; e
  • medo do futuro.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza atendimento para pessoas em sofrimento psíquico por meio dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Com a pandemia, os atendimentos disponibilizados pela rede também passaram a incluir o formato remoto de teleatendimento para acompanhamento dos usuários com transtornos mentais. No aplicativo Conecte SUS, é possível buscar o estabelecimento com atendimento de saúde mental mais próximo de você. Pelo Mapa da Rede de Atenção Psicossocial é possível, também, conferir a lista de estabelecimentos da RAPS que oferecem atendimento em saúde mental no Brasil.

O suicídio pode estar relacionado etiologicamente com uma gama de fatores, que vão desde os de natureza sociológica, ambiental, econômica, política, cultural, incluindo os psicológicos, transtornos mentais, genéticos e biológicos. Outros como desigualdades sociais; crises econômicas; pobreza; desemprego; violências, sobretudo as de gênero; desastres; eventos adversos; barreiras de acesso à saúde e educação; estigma e discriminação interagem como determinantes sociais de pensamentos e comportamentos suicidas.

Leia também: 10 recomendações sobre como noticiar suicídios, segundo a OMS

Alguns sinais de alerta que não devem ser considerados isoladamente. Não há uma “receita” para detectar seguramente uma crise suicida em uma pessoa próxima. Entretanto, um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos próximos, sobretudo se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo. Confira quais são eles:

1) O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta, ou de manifestações verbais – Esses indicadores não devem ser interpretados como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real. Por isso, é muito importante ser compreensivo, além de estar disposto a conversar e escutar a pessoa sobre o porquê de tal comportamento, criando um ambiente tranquilo, sem julgar a pessoa afetada. Conversar abertamente com a pessoa sobre seus pensamentos suicidas não a influenciará a completá-los. Ao falar sobre esse assunto com ela, você pode descobrir como ajudá-la a suportar sentimentos, muitas vezes angustiantes, que ela está experimentando e incentivá-la a procurar apoio profissional.

2) Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança – As pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbalmente ou por meio de desenhos. Alguns indivíduos começam a formular um testamento ou fazer seguro de vida.

3) Expressão de ideias ou de intenções suicidas – Fiquem atentos para os comentários, como “Vou desaparecer”; “Vou deixar vocês em paz”; “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”; “É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar”. Pode parecer óbvio, mas muitas vezes são ignorados e se isolam ainda mais.

4) Isolamento – As pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.

5) Mudanças nos fatores sociais – Sabe-se que outros fatores, como a exposição ao agrotóxico, perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, podem ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio. Sendo assim, devem ser levados em consideração se o indivíduo apresenta outros sinais de alerta para o suicídio.

Fonte da imagem: Freepik

Fonte: Ministério da Saúde

 



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