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Recomendação ACSA: Avaliação da dor em pacientes

Durante os últimos 50 anos, a abordagem da dor alcançou reconhecimento mundial, não apenas em termos de sua pesquisa e tratamento, mas também em sua conceituação. Atualmente, a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) define a dor como “uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a um dano tecidual existente ou potencial, ou descrita em termos de tal dano”. Essa definição contempla, entre outros aspectos, que determinadas situações de dor constituem em si mesmas uma situação de doença e estabelecem as bases filosóficas e jurídicas para o reconhecimento universal do Tratamento da Dor como um Direito Fundamental do ser humano.

Leia também: Como melhorar os cuidados para a dor dos pacientes, segundo o Institute of Medicine

Em 2010, a Direcção-Geral da Qualidade, Investigação e Gestão do Conhecimento do Ministério da Saúde Espanhol publicou o Plano Andaluz de Atenção às Pessoas com Dor, uma estratégia global que visa integrar as intervenções mais adequadas para responder a uma questão tão relevante como é a abordagem para cuidar de pessoas com dor. Na mesma linha, a ACSA incorpora em seus Manuais de Competências elementos relacionados ao cuidado de pessoas com dor, que buscam reconhecer as intervenções profissionais que abordam este problema em suas diferentes modalidades: dor crônica, dor perioperatória, dor aguda (relacionado aos procedimentos de diagnóstico e tratamento), dor aguda em situações de atendimento urgente ou em emergências, e dor na população vulnerável (infância, idosos, pessoas com transtornos mentais, etc.)

Situação atual

Os Manuais de Acreditação de Competências da Health Quality Agency incluem um total de 69 evidências que se referem ao cuidado de pessoas com dor. Essas evidências proporcionam aos profissionais, durante seu Processo de Acreditação, a oportunidade de mostrar suas boas práticas em relação à avaliação, prevenção e tratamento da dor nas pessoas atendidas, bem como identificar áreas de melhoria em seu desempenho profissional. O percentual médio de cumprimento, por profissionais credenciados, é de 51,8%.

Porém, dentre essas evidências, vale destacar quatro que foram disponibilizadas por 100% dos profissionais durante seu processo de acreditação (levando em consideração cada uma das diferentes áreas de atuação e seu respectivo Manual de Competências):

  • Uso de escalas validadas para avaliar a dor em pelo menos 80% dos pacientes atendidos.
  • Prescrição de esquema analgésico individualizado e esquema de resgate em pelo menos 90% dos casos.
  • Adoção de medidas que visem evitar / minimizar a dor e / ou perda do conforto da criança, decorrente de atitudes assistenciais e / ou diagnósticas e / ou terapêuticas.
  • Melhora objetiva da dor após as intervenções realizadas.

Recomendações

Dadas as graves consequências emocionais, sociais e econômicas que a dor tem, tanto para o paciente e sua família como para o sistema de saúde, e apesar do número significativo de evidências relacionadas à dor que os profissionais forneceram durante seus processos de acreditação, a ACSA recomenda aos profissionais:

  1. Usar escalas validadas para medir a existência e intensidade da dor em pacientes.
  2. Registrar a presença da dor, suas características, intensidade, localização, duração e patogênese, para que a continuidade do cuidado seja facilitada e os resultados a serem alcançados nos pacientes com dor sejam aprimorados.
  3. Avaliar as consequências que a dor tem na vida familiar, social e profissional das pessoas e incorpore esses elementos ao plano de assistência ao paciente.
  4. Realizar e estimular a realização de intervenções que levem à minimização ou alívio da dor, por meio da utilização de protocolos e guias de prática que reduzam a variabilidade e promovam cuidados baseados em evidências científicas.
  5. Incentivar o desenvolvimento individual para adquirir um nível mais alto de competência profissional no tratamento da dor.

Fonte da imagem: Freepik

Referências: ACSA International

 



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