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O enfermeiro tem papel fundamental no gerenciamento de riscos e segurança do paciente. Ele é a linha de frente que comanda todas as operações de cuidados a vida.

 

O papel do enfermeiro no gerenciamento de riscos é essencial. Em primeiro lugar, o seu acompanhamento e avaliação do paciente no dia-a-dia é fundamental para que o gerenciamento de riscos ocorra com eficácia. Em segundo lugar, o enfermeiro geralmente é o profissional mais envolvido na gestão da qualidade e nos comitês (EMTN, Padronização, CCIH, Comissões multidisciplinares, EMTA, Núcleo de Segurança do Paciente, etc), trazendo sua experiência assistencial a estes times de forma a agregar um enorme valor.

A estratégia de gerenciamento de riscos numa organização de saúde será sempre a de reduzir ou prevenir qualquer tipo de dano ao paciente, ao colaborador ou à própria instituição. Tais riscos podem ser não clínicos (exemplo: riscos ambientais, financeiros, jurídicos, etc) ou clínicos (incluem eventos adversos preveníveis relacionados à assistência ao paciente). É especialmente na gestão de riscos clínicos que o enfermeiro tem papel essencial.

 

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Existem etapas já sistematizadas usualmente para o gerenciamento de riscos: identificação do risco, avaliação e análise do risco, tratamento do risco e prevenção dos riscos.

A identificação do risco é feita de várias maneiras, por exemplo:

  • No processo de triagem do paciente na Emergência;
  • Na identificação diária de riscos clínicos no paciente internado, tais como risco de queda, risco de flebite, risco de lesão por pressão, etc;
  • Nas notificações de eventos adversos e near-miss (quase-erros), de forma a identificar os riscos que ocorreram durante o atendimento.

A avaliação e análise de risco consistem em se quantificar/qualificar os riscos e priorizá-los quanto à gravidade e probabilidade de ocorrência (bem como o grau de detecção, sempre que possível), a fim de determinar quais os que precisam ser tratados imediatamente e os que podem esperar.

O tratamento de riscos visa a mitigação, a eliminação ou outras formas de controle, para que não causem danos. Por exemplo, se a instituição não consegue controlar os danos causados por determinado procedimento de alto risco, uma decisão é deixar de prestar este serviço ao público.

Mas é na prevenção de riscos que o enfermeiro exerce seu principal papel. É ele o profissional que conhece cada paciente e o funcionamento da organização com detalhes, de forma a implementar facilmente as boas práticas para prevenir danos (exemplo: higienização das mãos, cumprimento de protocolo de isolamento, execução do check-list de cirurgia segura, gerenciamento do uso de medicamentos na sua área, etc) e garantir a segurança do paciente,

Colaboradores e líderes de todas as áreas, assistenciais ou não, devem trabalhar em estreita colaboração com a Gestão da Qualidade/ Núcleo de Gerenciamento de Riscos da organização, assegurando o cumprimento das Políticas, diretrizes, protocolos, bem como sugerindo meios para que as melhorias ocorram de maneira mais efetiva.

Todo enfermeiro deve entender as notificações de eventos adversos como uma forma de manter ou melhorar a qualidade do atendimento ao paciente.

AlexiaAléxia Costa – Diretora de Ensino e Capacitação do IBES

Farmacêutica pela Universidade Católica de Santos. Mestre em Genética e Genomas pela UNIVAP. MBA em Gestão e Engenharia da Qualidade pela Escola Politécnica da USP. Monitora de Pesquisa Clínica pela Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica. Avaliadora de Sistemas de Saúde, através da metodologia ONA e Accreditation Canada. Docente da disciplina Gerenciamento de Riscos aplicado à Gestão da Qualidade, no MBA da Escola Politécnica da USP. Experiência em Gerenciamento de Farmácia Hospitalar e Oncológica em instituições de saúde. Fellow ISQua.