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Por que o Protocolo de Prevenção de Quedas é tão importante?

A OMS elegeu seis protocolos básicos para a segurança do paciente. Duas questões motivaram a OMS a eleger os protocolos de segurança do paciente: o pouco investimento necessário para a sua implantação e a magnitude dos erros e eventos adversos decorrentes da falta deles.

Hoje, vamos falar sobre o protocolo de Prevenção de Quedas.

Objetivo do protocolo de Prevenção de Quedas

Reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e o dano dela decorrente, por meio da implantação/implementação de medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente seguro, e promovam a educação do paciente, familiares e profissionais.

Por que a criação do protocolo?

De modo geral, a hospitalização aumenta o risco de queda, pois os pacientes se encontram em ambientes que não lhes são familiares, muitas vezes são portadores de doenças que predispõem à queda (demência e osteoporose) e muitos dos procedimentos terapêuticos, como as múltiplas prescrições de medicamentos, podem aumentar esse risco.

Principais intervenções

  • Avaliação do risco de queda

A avaliação do risco de queda deve ser feita no momento da admissão do paciente com o emprego de uma escala adequada ao perfil de pacientes da instituição. Esta avaliação deve ser repetida diariamente até a alta do paciente.
Na admissão deve-se também avaliar a presença de fatores que podem contribuir para o agravamento do dano em caso de queda, especialmente risco aumentado de fratura e sangramento. Osteoporose, fraturas anteriores, uso de anticoagulante e discrasias sanguíneas são algumas das condições que podem agravar o dano decorrente de queda.

Leia também: como oportunizar a segurança do paciente?

Fatores de risco para queda

a) Demográfico: crianças < 5anos e idosos > 65 anos.
b) Psico-cognitivos: declínio cognitivo, depressão, ansiedade.
c) Condições de saúde e presença de doenças crônicas:

    • acidente vascular cerebral prévio;
    • hipotensão postural;
    • tontura;
    • convulsão;
    • síncope;
    • dor intensa;
    • baixo índice de massa corpórea;
    • anemia;
    • insônia;
    • incontinência ou urgência miccional;
    • incontinência ou urgência para evacuação;
    • artrite;
    • osteoporose;
    • alterações metabólicas (como, por exemplo, hipoglicemia).

d) Funcionalidade:

    • dificuldade no desenvolvimento das atividades da vida diária;
    • necessidade de dispositivo de auxílio à marcha;
    • fraqueza muscular e articulares;
    • amputação de membros inferiores; e
    • deformidades nos membros inferiores.

e) Comprometimento sensorial:

    • visão;
    • audição; ou
    • tato.

f) Equilíbrio corporal: marcha alterada.
g) Uso de medicamentos:

    • Benzodiazepínicos;
    • Antiarrítmicos;
    • anti-histamínicos;
    • antipsicóticos;
    • antidepressivos;
    • digoxina;
    • diuréticos;
    • laxativos;
    • relaxantes musculares;
    • vasodilatadores;
    • hipoglicemiantes orais;
    • insulina; e
    • Polifarmácia (uso de 4 ou mais medicamentos).

h) Obesidade severa.
i) História prévia de queda.

Paciente com alto risco de queda

  1. Paciente independente, que se locomove e realiza suas atividades sem ajuda de terceiros, mas possui pelo menos um fator de risco.
  2. Paciente dependente de ajuda de terceiros para realizar suas atividades, com ou sem a presença de algum fator de risco. Anda com auxílio (de pessoa ou de dispositivo) ou se locomove em cadeira de rodas.
  3. Paciente acomodado em maca, por exemplo, aguardando a realização de exames ou transferência, com ou sem a presença de fatores de risco.

Paciente com baixo risco de queda

  • Paciente acamado, restrito ao leito, completamente dependente da ajuda de terceiros, com ou sem fatores de risco.
  • Indivíduo independente e sem nenhum fator de risco.

8 práticas seguras para prevenção de quedas de pacientes

  1. Realizar avaliação de risco de queda para todos os pacientes na admissão e durante a internação.
  2. Identificar o leito ou o próprio paciente com risco de queda (uso de pulseira).
  3. Manter o ambiente seguro para o paciente: pisos antiderrapantes, grades, mobiliário e iluminação apropriados, entre outros.
  4. Supervisão da medicação utilizada, especialmente para aquelas que promovam alteração da mobilidade e do equilíbrio.
  5. Manter o conforto e a segurança do paciente.
  6. Orientar o responsável ou paciente a levantar do leito progressivamente (elevar a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados no chão por 5 a 10 minutos, antes de sair da cama).
  7. Avaliar risco psicológico ou psiquiátrico sempre que necessário.
  8. Orientar o paciente, familiares e acompanhantes para a prevenção de quedas.

Importante: Segundo a RDC n° 36/2013 da Anvisa, todos os eventos adversos, incluindo a queda de pacientes, ocorridos nos serviços de saúde do país devem ser notificados, pelo Núcleo de Segurança do Paciente, ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), por meio do sistema Notivisa.

Fonte da imagem: Freepik