[ivory-search id="27469" title="Default Search Form"]
[ivory-search id="27469" title="Default Search Form"]

Profissional de saúde: confira o Alerta Epidemiológico de Sarampo da OPAS

Os médicos devem sempre perguntar sobre o histórico de viagens dos pacientes

Depois que a Região das Américas foi declarada livre do sarampo em setembro de 2016, seguiu-se um período (2017 a 2019) com um aumento constante dos casos de sarampo importados de outras Regiões do mundo e entre países da Região das Américas.

A maior taxa de incidência regional foi registrada em 2019, com 21,5 casos por milhão de habitantes. O aumento de casos foi relacionado a surtos de sarampo no Brasil e na República Bolivariana da Venezuela, que contribuíram com 93% dos casos notificados durante esse período.

Em 2020, o número de casos confirmados de sarampo diminuiu 2,7 vezes em relação a 2019, com surtos registrados na Argentina e no México. Essa diminuição de casos em 2020 está relacionada às medidas de distanciamento social exigidas pela pandemia de COVID-19. Entre 2020 e 2022, a circulação endêmica do vírus do sarampo continuou no Brasil.

 

Leia também: Como anda a Atenção Primária no Brasil?

 

Em 2021, foram registrados 730 casos confirmados de sarampo na região, distribuídos da seguinte forma: Brasil (676), Guiana Francesa (5) e Estados Unidos (49). Os casos notificados na Guiana Francesa tinham histórico de viagem ao Brasil.

Em 2022, 167 casos foram confirmados, reportados na Argentina (2), Brasil (49), Canadá (3), Equador (1), Paraguai (1) e Estados Unidos (118) (2).

Os genótipos identificados no período de 2018 a 2022 foram D8 e B3 em 100% dos casos confirmados em que o sequenciamento genético foi realizado. Entre 2018 e 2020, a proporção do genótipo D8 foi maior, com média de 92,5% em comparação com o B3 (média de 7,5%).

No entanto, a proporção do genótipo B3 aumentou em 2021 (20,5%) e 2022 (50%) entre as amostras para as quais foi realizado o sequenciamento genético. O ano de 2023 foi caracterizado como o ano com menor número de casos notificados de sarampo. De fato, entre a semana epidemiológica (SE) 1 e a SE 42 de 2023, três países da Região das Américas notificaram casos confirmados de sarampo: Canadá, com 8 casos confirmados, Chile, com 1 caso confirmado e Estados Unidos da América, com 29 casos confirmados.

 

 

 

Com relação a médicos e profissionais de saúde A OPAS/OMS recomenda:

  • Promover a prática de solicitar testes de imunidade/vacinação contra o sarampo e a rubéola no setor de saúde (equipe médica, administrativa e de segurança).
  • Sensibilizar os trabalhadores de saúde do setor privado sobre a necessidade de notificação imediata de qualquer caso de sarampo ou rubéola para garantir uma resposta oportuna das autoridades nacionais de saúde pública, de acordo com as normas do sistema nacional de vigilância e resposta, uma vez que os viajantes internacionais podem procurar atendimento em estabelecimentos de saúde privados.
  • Que as autoridades de saúde continuem recordando os médicos para sempre perguntarem sobre o histórico de viagens dos pacientes.

Identificação e rastreamento de contatos de casos confirmados de sarampo

  • Realizar as atividades de identificação e acompanhamento dos contatos identificados e presentes no território nacional, de acordo com as diretrizes e orientações do país.
  • Leve em conta as implicações internacionais que podem surgir no monitoramento de contatos e considerar os seguintes cenários e aspectos operacionais no desenvolvimento dessas atividades:

a. Quando um caso é identificado pelas autoridades nacionais de outro Estado Membro e as autoridades nacionais são solicitadas a localizar o(s) contato(s) cujo local de residência mais provável é o seu país. As autoridades nacionais são instadas a utilizar todos os mecanismos de coordenação disponíveis para localizar essas pessoas. As informações disponíveis para essa ação podem ser limitadas e os esforços devem ser racionais e baseados nos recursos existentes. Os serviços de saúde devem ser alertados sobre a possibilidade de tais contatos para que possam estar atentos na detecção de casos suspeitos.

b. Quando um caso é identificado em nível local, e dependendo do momento da detecção na história natural da doença, pode ser necessário:

– Caso atual: as autoridades nacionais devem obter informações sobre a possível localização de contatos no exterior e, por conseguinte, informar as autoridades nacionais correspondentes do país onde se presume que se encontre o contato.

– Caso identificado retrospectivamente: Com base no histórico de viagens do caso, as autoridades nacionais devem informar as autoridades nacionais correspondentes, já que essa situação pode constituir o primeiro sinal de circulação do vírus, ou de um surto, no(s) outro(s) país(es) em questão.

c. Realizar buscas ativas institucionais e comunitárias para detectar rapidamente casos entre os contatos que não foram identificados na investigação do surto, seguindo a rota de deslocamento do(s) caso(s).

 

Fonte da imagem: Envato

Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde. Alerta Epidemiológico Sarampo, 20 de outubro de 2023.



Deixe um comentário