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Já foram notificados 1.248 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 311 municípios de 14 unidades da federação, de acordo com a terceira edição do informe epidemiológico sobre microcefalia, divulgado nesta segunda-feira (30).
O estado de Pernambuco registra o maior número de casos (646). Em seguida, estão os estados de Paraíba (248), Rio Grande do Norte (79), Sergipe (77), Alagoas (59), Bahia (37), Piauí (36), Ceará (25), Rio de Janeiro (13), Tocantins (12) Maranhão (12), Goiás (2), Mato Grosso do Sul (1) e Distrito Federal (1). Entre o total de casos, foram notificados 7 óbitos. Um recém-nascido do Ceará, com diagnóstico de microcefalia e outras malformações congênitas por meio de ultrassonografia, teve resultado positivo para vírus zika. Outros cinco no Rio Grande do Norte e um no Piauí estão em investigação para definir causa da morte.
ultrasson
 
RELAÇÃO ZIKA E MICROCEFALIA – O Ministério da Saúde confirmou neste sábado (28) a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. A confirmação foi possível a partir da confirmação do Instituto Evandro Chagas da identificação da presença do vírus Zika em amostras de sangue e tecidos do recém-nascido que veio a óbito no Ceará.
A campanha lançada nesta semana alerta que o mosquito da dengue mata e, portanto, não pode nascer.  A ideia é que todos os dias sejam utilizados para uma limpeza e verificação de focos que possam ser criadouros do mosquito. O sábado seria como dia D, da faxina. O resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) indica 199 municípios brasileiros em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika, o que reforça a necessidade de uma mobilização imediata de todos.
ÓBITOS – O Ministério da Saúde também foi notificado, na sexta-feira (27), pelo Instituto Evandro Chagas sobre outros dois óbitos relacionados ao vírus Zika. As análises indicam que esse agente pode ter contribuído para agravamento dos casos e óbitos. Esta é a primeira ligação de morte relacionada ao vírus Zika no mundo, o que demostra uma semelhança com a dengue.
Aos gestores e profissionais de saúde, o Ministério da Saúde orienta que todos os casos de microcefalia sejam comunicados imediatamente por meio de um formulário eletrônico. Também que sejam reforçadas as ações de prevenção e controle vetorial em áreas urbanas e peri-urbanas, conforme estabelecido nas Diretrizes Nacionais de Programa Nacional de Controle da Dengue.
GESTANTES – É importante que as gestantes mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. O Ministério da Saúde reforça ainda a orientação de não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções.
É importante também que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
FONTE: MInistério da Saúde
 
feto
 
OPINIÃO DO ESPECIALISTA
De acordo com o Prof. Dr. Gerson Aranha, médico obstetra e Professor da Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UNIMES, “Conforme os dados sobre o ZiKa Vírus e gestação vão se somando, mais opiniões certas e erradas vão aparecendo e trazendo confusão para as pessoas. O que de fato pode-se dizer até o momento, já que estamos começando a entender o problema, é que:

  • Segundo R. Lopez, da Univ. Col., existe uma diferença grande entre microcefalia e a diminuição do perímetro cerebral causado pro problemas infecciosos virais;
  • Por outro lado, segundo Karl Fuchs, neurologista infantil, a diminuição do perímetro cefálico por infecções virais congênitas (possivelmente a que está ocorrendo pelas infecções com o Zica vírus no Brasi) é proveniente de lesões extensas no tecido cerebral. No desenvolver da gestação, estas lesões, sendo muito extensas e difusas, proporcionam uma diminuição da circunferência da calota craneana e, consecutivamente, uma diminuição da cabeça fetal.”

O Dr. Gerson adiciona: “O prognóstico dessas lesões infecciosas dependerá da extensão da lesão do tecido cerebral e das regiões do cérebro que foram afetadas.Portanto, nem todos os casos seguem necessariamente um padrão. Sabe-se muito pouco sobre a fase de gestação em que se corre mais risco de transmitir o vírus para o feto (CDV). Mas sabemos que quanto mais precoce a gestação onde o feto é afetado, mais grave será o caso.”