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Pandemia de Covid-19 pode piorar durante o inverno no Brasil

Nas últimas semanas houve crescimento das taxas de incidência (casos novos) e de mortalidade no Brasil, com a manutenção de um platô elevado de transmissão da Covid-19. Os pesquisadores alertam que, com a entrada do inverno, há possibilidade de agravamento da pandemia no país nas próximas semanas.

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS – Sistema Único de Saúde mostram que o quadro geral ainda é preocupante. Dezoito estados e o Distrito Federal, apresentam taxas de ocupação de pelo menos 80%, sendo que em 8 deles as taxas de ocupação são iguais ou superiores a 90%. Dezesseis capitais estão com taxas de ocupação de pelo menos 80% e 9 com taxas iguais ou superiores a 90%.

A análise mostra também que a tendência do rejuvenescimento da pandemia se mantém. A Semana Epidemiológica 22 (SE 22) apresenta idade média dos casos internados de 52,5 anos versus idade média de 62,3 anos na SE 1. A mediana de idade nas internações, ou seja, a idade que delimita a concentração de 50% dos casos − foi de 66 anos na SE 1 e 52 anos na SE 22. Para óbitos, os valores médios foram 71,4 anos (SE 1) e 61,2 anos (SE 22). Valores de mediana de óbitos foram, respectivamente, 73 e 59 anos.

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O cenário atual de rejuvenescimento prosseguirá e poderá perpetuar um cenário obscuro de óbitos altos até que este grupo etário esteja devidamente coberto pela vacina. O padrão de transmissão do Sars-CoV-2 no país ainda é extremamente crítico, afirmam os pesquisadores, sendo essencial continuar reforçando a necessidade do uso de máscaras e manter distanciamento físico e social, sempre que possível. Somente desta forma haverá como conter a disseminação do vírus, enquanto o país não consegue avançar na cobertura vacinal adequada nas faixas etárias mais jovens.

As tendências observadas para as taxas de incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) nos estados, com dados reportados até 12 de junho, indicam crescimento em quatro unidades da Federação e um total de 20 estados com taxa de incidência superior a 10 casos por 100 mil habitantes, considerada extremamente alta, sendo que em 3 deles a média móvel excedeu 20 casos por 100 mil habitantes.
Conforme já observado nas semanas anteriores, há deslocamento da curva em direção a faixas etárias mais jovens.

Na análise atual verifica-se ainda um estreitamento da curva de casos e um alargamento da curva dos óbitos. Isto, segundo os pesquisadores, sugere que o país pode estar entrando em uma fase de “compressão da morbimortalidade”.

Os pesquisadores afirmam que nas últimas semanas forjou-se o termo ‘onda’ para definir o comportamento da série histórica. De acordo com eles, o termo é controverso, pois parte do pressuposto de que o país passou por fases claramente distintas de ocorrência de casos e óbitos. “Semana após semana, cria-se a expectativa de que podemos iniciar a temida terceira onda, abandonando a ideia de que ainda temos um quadro crítico, como se tivéssemos, para entrar na terceira onda, saído da segunda”, alertam os especialistas.

Fonte da imagem: Freepik

Fonte: Fiocruz

 



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