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Em conjunto com a pesquisadora Lenita Wannmacher, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) lançou nesta segunda-feira (29) o mais novo fascículo da série “Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica”. Com tema “Prescrição: o que levar em conta?”, a publicação é de autoria de Leandro Queiroz Santi, médico do Programa de Saúde da Família e Comunidade do Distrito Federal.
Doctor writing a prescription. Inspector: I've made a drawing of the Rx letter myself.
“Sabe-se que boa parte dos pacientes que procuram os serviços de saúde na atenção básica não necessita de medicamento algum, por não apresentar evidências objetivas de doenças orgânicas ou psíquicas. Paradoxalmente, 80% dos pacientes que são atendidos na atenção primária à saúde saem das consultas médicas com uma prescrição medicamentosa. Essas informações são cruciais para que uma prescrição seja elaborada de modo a promover o uso racional de medicamentos, tal que a primeira pergunta que o prescritor deve responder no momento de elaborar a prescrição é: esse paciente realmente precisa de medicamentos?”, pontua Santi.
De acordo com o médico, ao prestar atendimento, os profissionais de saúde devem ter como principal objetivo a cura da doença apresentada. Para um resultado final satisfatório, segundo proposição da OMS, é necessário passar por algumas etapas básicas, sendo as três principais: o entendimento do problema trazido pelo paciente, para que o diagnóstico seja definido corretamente; a seleção de um tratamento de eficácia e segurança comprovadas, levando em consideração o quadro do paciente; e a elaboração cuidadosa da prescrição, procurando sempre manter uma comunicação clara com o paciente e orientando-o sobre a utilização correta dos medicamentos. Ainda segundo a publicação, os resultados do tratamento devem ser avaliados posteriormente para que o profissional de saúde possa verificar se os efeitos desejados foram alcançados.
A prescrição também deve ser entregue ao paciente, com informações sobre o plano terapêutico dispostas de forma clara, para que não aconteçam erros na hora da administração dos medicamentos indicados. A prescrição pode ser feita à mão, impressa ou virtual. A receita escrita à mão é de baixo custo, entretanto, a incapacidade de entendimento da grafia e abreviação de palavras costuma ser um dos principais problemas dos pacientes. Embora os sistemas informatizados levem a um investimento mais alto, esses costumam reduzir a ocorrência de erros e aumentar a qualidade e segurança no uso de medicamentos.
Santi destaca ainda que uma boa prescrição médica não se resume apenas à ausência de erros, mas à necessidade do prescritor olhar o paciente de forma holística para realizar a prescrição, levando em conta não somente a situação clínica e os aspectos inerentes ao medicamento a ser prescrito, mas também condições sociais e cognitivas do paciente, dos pais e cuidadores que influenciarão na adesão e uso adequado do tratamento prescrito.
Sobre a série “Uso Racional de Medicamentos”
O projeto busca fornecer aos profissionais, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) informações confiáveis e isentas, com base nas melhores evidências científicas disponíveis. Nos próximos meses, serão lançados mais seis fascículos em português e com linguagem acessível. A escolha dos temas sobre condutas terapêuticas baseou-se, principalmente, nas dez maiores causas de morte apontadas pela Organização Mundial da Saúde em maio de 2014.
Todos os 14 capítulos da série estarão disponíveis gratuitamente para download e poderão ser acessados na área de publicações da página da OPAS/OMS Brasil na internet.
 
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FONTE: Organização Pan-Americana de Saúde