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Em informe publicado nesta sexta-feira (15), o Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas sobre imunização (SAGE) – vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS) – recomendou o uso da primeira vacina contra a dengue em localidades com alta incidência da doença.
A vacina Dengvaxia (CYD-TDV) foi desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur e já havia sido licenciada no final de 2015 e início de 2016 em países da América Latina e Ásia que registram infecção endêmica por dengue.
Em dezembro do ano passado (28), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (ANVISA) concedeu um registro ao tratamento, permitindo sua utilização no território nacional.
A imunização é voltada para pessoas de nove a 45 anos de idade. Em algumas nações – o Brasil não está incluído nesse grupo –, a vacina é recomendada oficialmente também para adultos mais velhos, até os 60 anos.
Apesar do sinal verde emitido pelo SAGE, os especialistas alertam que a recomendação vale apenas para regiões onde a soroprevalência da dengue tenha alcançado aproximadamente 70% ou mais da faixa etária visada pela vacinação. A imunização não é recomendada quando essa porcentagem estiver abaixo de 50% (leia aqui o informe na íntegra).
Segundo o Grupo Consultivo, a introdução da vacina deve ser parte de uma estratégia de controle abrangente, que inclua iniciativas de comunicação, contenção adequada e duradoura de vetores – como o mosquito Aedes aegypti–, cuidado clínico para pacientes fundamentado pelas melhores evidências científicas e uma vigilância robusta da doença.
O SAGE avaliou os resultados de testes clínicos da vacina que incluíram crianças com menos de nove anos de idade. Devido a riscos de segurança envolvendo hospitalização e desenvolvimento de dengue severa em crianças de 2 a 5 anos de idade, no terceiro ano após o recebimento da primeira dose da imunização, o Grupo concluiu que a Dengvaxia não é recomendada para uso em jovens com menos de nove anos.
 
vacina
 
Para as faixas etárias que não enfrentam riscos associados à vacina, o SAGE recomendou a imunização em três doses espaçadas por seis meses de intervalo. Países devem escolher o público-alvo das campanhas de vacinação segundo critérios domésticos e dados específicos sobre a situação de cada território afetado pela doença.
Em regiões onde o vírus é altamente endêmico – soroprevalência de aproximadamente 90% ou mais alta– entre crianças de nove anos, a vacinação dessa faixa etária pode maximizar os impactos da imunização. Quando o índice estiver abaixo de 90%, mas acima de 50%, o SAGE considera preferível a aplicação do tratamento a jovens de 11 a 14 anos.
 
FONTE: ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)