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A Organização Mundial da Saúde divulgou nesta sexta-feira (26) novo relatório de situação sobre zika, microcefalia e Síndrome de Guillain-Barré. O documento aponta que, entre 1 de janeiro de 2007 e 25 de fevereiro de 2016, um total de 52 países e territórios relataram circulação autóctone (local) do vírus zika, incluindo aqueles onde o surto já terminou e os que forneceram evidências indiretas de transmissão local.
 
oms
 
 
Os Estados mais recentes a notificarem transmissão autóctone foram as Ilhas Marshall, São Vicente e Granadinas e Trinidad e Tobago. A região das Américas foi a mais afetada pelo vírus, com circulação reportada em 31 países e territórios. Até o momento, apenas Brasil e Polinésia Francesa relataram aumento de casos de microcefalia e outras malformações neonatais, embora dois casos de pessoas que estiveram no país sul-americano tenham sido detectados nos Estados Unidos (Havaí) e na Eslovênia.
 
Dadas as associações temporais e geográficas entre infecções pelo vírus e a microcefalia, os cada vez mais conclusivos resultados analíticos e a ausência de uma hipótese alternativa convincente, pode-se dizer que há forte possibilidade de o zika ser responsável por causar esta malformação.
 
O mesmo ocorre com a Síndrome de Guillain-Barré. Diversas evidências apontam para uma forte possibilidade de o vírus causar essa doença. Mais investigações são necessárias para identificar a existência de outros fatores de risco.
 
Guia
Também foi divulgada a publicação “Apoio psicossocial para mulheres grávidas e famílias com microcefalia e outras complicações neurológicas no contexto do vírus zika”. O guia aponta estratégias que podem ajudar gestantes com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus zika; cuidadores e familiares de uma criança com microcefalia; e mulheres grávidas que têm ciência da suspeita de microcefalia no bebê.
 
Embora o documento seja focado em microcefalia, muitas das orientações descritas também se aplicam a outras condições neurológicas, como Síndrome de Guillain-Barré, que podem ser potencialmente associadas ao zika.
 
A publicação cita exercícios para reduzir o estresse causado pela notícia de que o filho pode ter distúrbios neurológicos e malformações neonatais, como destinar ao longo do dia “períodos de preocupação” de 30 minutos. O objetivo é evitar que a pessoa fique 24 horas aflita. Caso as ações de apoio psicossocial básico não sejam suficientes, o profissional de saúde deve encaminhar a mãe ou familiar/parceiro/amigo a um serviço de atenção especializado.
 
Outra orientação é explicar que muitos bebês com microcefalia não apresentam transtornos do desenvolvimento ou outras complicações neurológicas graves, além de educar sobre medidas para controle da propagação do vírus (como utilização de camisinhas, repelentes de mosquito cujo uso é seguro durante a gravidez e mosquiteiros impregnados com inseticida).
 
O guia traz ainda dicas para promover o desenvolvimento da criança, conforme a idade (de recém-nascido a mais de dois anos), como olhar o bebê nos olhos e conversar com ele; esconder o brinquedo favorito dele debaixo de uma caixa para ver se consegue encontrá-lo; ensinar a se comunicar com as mãos (a exemplo do movimento feito para “dar tchau”); ajudar a criança a contar, nomear e comparar objetos; entre outras.
 
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FONTE: OMS – Organização Mundial de Saúde