[ivory-search id="27469" title="Default Search Form"]
[ivory-search id="27469" title="Default Search Form"]

A morte de Lilian Calixto, de 46 anos, após um procedimento estético levantou novamente a discussão na mídia sobre a importância de gerenciar os riscos cirúrgicos.

O caso: Suspeita-se que a bancária faleceu por embolia pulmonar devido ao uso excessivo de polimetilmetacrilato (PMMA) – uma substância aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apenas em doses baixas; e cuja Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica afirma não poder ser aplicada em áreas extensas do corpo (como glúteos).

O médico Denis Furtado, que realizou a cirurgia, está sendo investigado uma vez que apresentou as seguintes irregularidades no episódio:

 

  • Denis operou Lilian no Rio de Janeiro, quando só possuía registro para atuar em Goiás e Brasília.
  • Nunca fez residência – algo exigido para realização deste tipo de procedimento.
  • Não fez especialização em cirurgia plástica – algo exigido para realização deste tipo de procedimento.
  • Realizou a cirurgia no seu apartamento.

 

 

Infelizmente, o caso de Lilian Calixto não é isolado. Segundo dados globais:

  • Anualmente, são feitas 230 milhões de cirurgias.
  • A cada 25 pessoas, uma necessitará de cirurgia.
  • Anualmente, cerca de 7 milhões de pacientes cirúrgicos têm complicações, sendo que 1 milhão acarreta em óbito durante ou imediatamente após a cirurgia.

Leia mais em: 10 Fatos sobre Segurança do Paciente, segundo a Organização Mundial de Saúde

Esses casos continuam existindo por conta da:

  • Ausência de uma Cultura de Segurança nas instituições.
  • Falta de integração dos profissionais no cuidado oferecido.
  • Falta de ensinamentos sobre cultura de segurança na formação do profissional.
  • Não estabelecimento de metas em relação a segurança do paciente.
  • Ausência de protocolos que guiam para as melhores práticas em situações de risco.
  • Ausência de um formulário para contabilizar e controlar eventos adversos.
  • Falta de preparo profissional para lidar com essas complicações.
  • Abordagem punitiva da instituição para lidar com erros.
  • Ausência da disseminação de boas práticas.
  • Falta de conhecimento do paciente sobre o cuidado que deve receber.

Assim, o primeiro passo para melhoria no gerenciamento de riscos depende de uma mudança de comportamento institucional diante dos erros: admitindo que eles ocorrem, incentivando o relato nestes casos e desmistificando a culpa e humilhação por parte do profissional. Com esta transformação de pensamento, é possível implementar estas práticas e garantir a segurança do paciente:

  • Gerenciamento de dados sobre o paciente.
  • Manutenção e verificação das condições dos equipamentos cirúrgicos.
  • Participação de toda a equipe profissional no cuidado.
  • Melhora da comunicação entre paciente e profissional.
  • Aumento do conhecimento dos profissionais sobre segurança do paciente.
  • Disseminação de boas práticas.
  • Uso de checklists.

 

A partir destas implementações, as chances de falha e risco diminuem, assim como a taxa de morbimortalidade e a instituição promove a segurança do paciente e dos profissionais.

 

Saiba mais sobre o tema pela palestrante Dra Aline Chibana, anestesista e presidente da Fundação para a Segurança do Paciente no curso “Gerenciamento de Riscos e Implantação do Núcleo de Segurança do Paciente”, que ocorrerá nos dias 03 e 04 de setembro em São Paulo/SP

INSCREVA-SE: http://www.ibes.med.br/cursos/gerenciamento-de-riscos-e-implantacao-do-nucleo-de-seguranca-do-paciente-sao-paulo-sp/

Confira a live da Aléxia Costa sobre Gerenciamento de Riscos em Saúde:

 

Referência:

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44901624

Ana Paula PANCIERI , Bruna Pegorer SANTOS , etc. CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA: ANÁLISE DA SEGURANÇA E COMUNICAÇÃO DAS EQUIPES DE UM HOSPITAL ESCOLA. 2013.

Albert Einstein. CIRURGIA SEGURA.



Deixe um comentário