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Incidentes de segurança do paciente no atendimento pré-hospitalar

Atendimento pré-hospitalar (APH) é o atendimento emergencial realizado em ambiente extra-hospitalar

Nos últimos anos, o atendimento pré-hospitalar tornou-se parte integrante do sistema de saúde, onde cuidados avançados são fornecidos a pacientes gravemente enfermos. O atendimento pré-hospitalar pode ser definido como o atendimento recebido por um paciente de um serviço médico de emergência antes de chegar ao hospital.

O APH é potencialmente perigoso, com a possibilidade de os pacientes vivenciarem um incidente de segurança do paciente (definido como qualquer incidente não intencional ou inesperado que poderia ou foi considerado como tendo causado danos ao paciente. No entanto, em comparação com os cuidados de saúde primários (cuidados de saúde prestados por médicos de clínica geral ou outros profissionais de saúde aos quais o paciente tem acesso direto) e os cuidados secundários (cuidados geralmente prestados em ambiente hospitalar), pouco se sabe sobre os incidentes de segurança do paciente em ambientes de atendimento pré-hospitalar.

 

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Na atenção secundária estima-se que entre 4% e 17% das internações hospitalares estão associadas a um incidente de segurança do paciente, com 7% resultando em morte. Especificamente no departamento de emergência, foi relatado que entre 6% e 8,5% dos pacientes apresentam. Em relação aos cuidados primários, estudos encontraram 2–3 incidentes de segurança do paciente por 100 consultas, com cerca de 4% dos incidentes associados a danos graves.

Uma revisão sistemática anterior sobre medição e monitoramento da segurança neste tipo de atendimento descobriu que uma série de medidas foram utilizadas (por exemplo, revisão de registros, sistemas de notificação de incidentes, pesquisas e entrevistas/grupos focais).

 

 

Uma síntese da literatura que relata a prevalência e os danos associados aos incidentes de segurança do paciente no atendimento pré-hospitalar apoiará a compreensão da frequência com que ocorrem e dos danos que causam aos pacientes. Este conhecimento apoiará a concepção de sistemas de vigilância de segurança que apoiem a compreensão do que está a ser bem feito no atendimento, onde melhorias devem ser feitas, e apoiarão a avaliação da eficácia das intervenções de segurança.

Em comparação com outros domínios da saúde, pouco se sabe sobre os incidentes de segurança do paciente no atendimento pré-hospitalar. Um estudo de revisão sistemática foi realizado para:

  •  identificar como são avaliados a prevalência e o nível de danos associados a incidentes de segurança do paciente no atendimento pré-hospitalar;
  • a frequência de incidentes de segurança do paciente no atendimento pré-hospitalar; e
  • os malefícios associados aos incidentes de segurança do paciente no atendimento pré-hospitalar.

As pesquisas foram realizadas com base na literatura. Dois pesquisadores extraíram independentemente os dados dos estudos e realizaram uma avaliação crítica utilizando a Ferramenta de Avaliação de Qualidade para Estudos com Desenhos Diversos (QATSDD).

 

Resultados

Dos 22 artigos incluídos, 16 (73%) utilizaram dados de revisões de registros e 6 (27%) de relatórios de incidentes. A frequência de incidentes de segurança do paciente no atendimento pré-hospitalar foi mediana de 5,9 por 100 registros/transportes/pacientes.

Nos estudos que relataram danos, constatou-se que 15,6% dos incidentes de segurança do paciente resultaram em danos. Estudos que utilizaram dados de revisão de registros relataram que uma mediana de 6,5% dos incidentes de segurança do paciente resultou em danos. Para dados provenientes de sistemas de notificação de incidentes, uma mediana de 54,6% dos incidentes foi associada a danos.

 

Fonte da imagem: Envato

Fonte: Paul O’connor, Roisin O’malley, Kathryn Lambe, Dara Byrne, SinÉad Lydon, How safe is prehospital care? A systematic review, International Journal for Quality in Health Care, Volume 33, Issue 4, 2021, mzab138.



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