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OPAS: investigação de causas da hepatite de origem desconhecida em crianças

Durante o período de 1º de outubro de 2021 a 15 de junho de 2022, foram notificados pelo menos 869 casos prováveis de hepatite aguda de etiologia desconhecida em crianças saudáveis menores de 16 anos, em 36 países em cinco regiões do mundo.

Várias hipóteses têm sido propostas sobre os fatores etiológicos, incluindo toxicológicos/medicinais, nutricionais, imunológicos, ambientais e infecciosos, que estão sendo ativamente investigados.

Entre os patógenos investigados, o adenovírus humano foi detectado com mais frequência; na Europa, 293 casos foram testados para adenovírus, dos quais 158 casos (59,3%) foram positivos (principalmente F41) [1], o que sugere a necessidade de incorporar a pesquisa de adenovírus como parte do protocolo de investigação entre as possíveis causas infecciosas.

Com isso, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) disponibilizou novas orientações aos laboratórios para contribuir com as investigações sobre as causas da hepatite de origem desconhecida em crianças.
Apesar de ser uma doença grave em crianças e seja motivo de preocupação, sua ocorrência permanece baixa, sendo importante continuar monitorando a situação e investigando os casos prováveis.

Leia também: Novos dados sobre hepatites destacam necessidade de uma resposta global urgente

Existem várias hipóteses sobre a causa desses casos, mas nenhuma foi comprovada até o momento e várias delas estão sendo ativamente investigadas. Conhecer as causas permitirá informar as políticas e medidas de saúde pública para prevenir novos casos e tratar a doença.

As novas diretrizes incluem um algoritmo de laboratório criado para descartar as hepatites virais mais frequentes (A, B, C, D e E) e outras doenças endêmicas da região que podem causar danos ao fígado, como malária, febre amarela e leptospirose.

O adenovírus humano – que geralmente causa infecções gastrointestinais ou respiratórias leves e autolimitadas em crianças – está entre os agentes infecciosos investigados. As orientações incorporam sua busca como parte do protocolo de investigação.

Uma vez descartadas outras possibilidades, a orientação da OPAS sugere considerar testes adicionais, como um painel respiratório, ou para enterobactérias e outros patógenos menos frequentes. Esse processo de testes escalonados garante um uso racional e custo-efetivo dos recursos dos laboratórios de saúde pública.

Veja abaixo o resumo das recomendações:

Definição de caso

Esta definição de caso é provisória e pode mudar à medida que novos dados e compreensão da doença se acumulam.

Confirmado: Não aplicável atualmente.
Provável: Uma pessoa com hepatite aguda (tendo excluído a hepatite viral mais comum: A, B, C, E) com aspartato transaminase (AST) ou alanina transaminase (ALT) maior que 500 UI/L, que tenha 16 anos de idade ou menos, e que seja detectado a partir de 1.º de outubro de 2021.
Ligado epidemiologicamente: uma pessoa com hepatite aguda (excluindo hepatite A, B, C, E) de qualquer idade que seja um contato próximo de um caso provável desde 1.º de outubro de 2021.

Amostragem e transporte

Com base no conhecimento atual da doença, o tipo de amostra a ser coletada é sangue total de todos os pacientes que atendem à definição de caso. Dependendo da apresentação clínica, as amostras apropriadas para o diagnóstico também podem incluir: fezes, urina, plasma, amostras respiratórias (isto é, swab naso ou orofaríngeo, aspirado nasofaríngeo/transtraqueal, lavado broncoalveolar), swabs ou raspados conjuntivais, urina Y
secreções genitais. Biópsias não são recomendadas; a amostra de tecido hepático deve ser coletada somente se estiver disponível em um caso fatal ou transplante. As amostras devem ser coletadas e testadas o mais rápido possível após a ocorrência dos sintomas, de preferência dentro de uma semana do início dos sintomas. Já que o evento encontra-se em fase de investigação, sugere-se a coleta de múltiplos tipos de amostras periodicamente, incluindo sangue total, e sua análise por diferentes métodos.

Fonte da imagem: Freepik

Fonte da notícia: OPAS/OMS



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