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Acidentes de trânsito sobrecarregam os Departamentos de Emergência em todo o país

O Conselho Federal de Medicina (CFM) alerta a população sobre a importância da prevenção de acidentes de trânsito. O fluxo nas estradas aumenta em função das férias escolares e do avanço da vacinação frente à pandemia de Covid-19. O objetivo é despertar na população a consciência sobre os cuidados necessários para evitar acidentes no trânsito, o que, muitas vezes, deixa vítimas e mortos, sobrecarregando os Departamentos de Emergência dos hospitais.

Os ferimentos decorrentes dos acidentes de trânsito (chamados sinistros, porque são evitáveis) representam uma das principais causas de morte no mundo, sendo a primeira causa de óbitos entre a população de 15 a 29 anos, a segunda de 5 aos 14 anos e terceira de 30 a 44 anos.

Cerca de 1,3 milhão de pessoas no mundo morrem anualmente por acidentes de trânsito. O total de feridos, muitos com sequelas permanentes, pode chegar a 50 milhões. As Américas respondem por 12% dessas mortes, com o Brasil sendo responsável por uma quarta parte dos óbitos na Região.

Leia também: Acidentes de trânsito atingem proporções epidêmicas e consomem quase R$ 3 bilhões do SUS

Para cada pessoa morta nesses acidentes, há cerca de 70 atendimentos emergenciais e 15 internações hospitalares. Os traumatismos no trânsito resultam em sobrecarga dos setores de emergência, radiologia, fisioterapia e reabilitação, havendo casos nos quais essas lesões demandam mais da metade da ocupação dos centros cirúrgicos, e mais de 80% das hospitalizações, com uma média de 20 dias de internação.

Mais de 283,5 mil acidentes de trânsito registrados em rodovias brasileiras, entre 2016 e 2020, tiveram como causa principal ou secundária questões relacionadas à condição de saúde dos motoristas, no momento da ocorrência, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a partir da análise de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Tal volume de colisões, capotamentos e outros desastres deixou 247.475 feridos e 14.551 mortos.

Segundo a Abramet, as categorias mais recorrentes de causas incluem>

  • falta de atenção à condução,
  • ingestão de álcool,
  • sonolência do condutor,
  • mal súbito,
  • problemas de visibilidade e
  • ingestão de substâncias psicoativas.

O coordenador da Câmara Técnica de Medicina do Tráfego do CFM, Cleiton Bach, considera fundamental informar os condutores sobre esses riscos, pois com prevenção milhares de vidas poderiam ter sido salvas. “As pessoas precisam estar atentas aos cuidados que podem tomar para não ficarem expostas a riscos desnecessários, pois a redução de acidentes de trânsito só depende da conscientização dos próprios motoristas”, ressalta.

Desde 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs uma ação mundial, conhecida como “maio amarelo”, com o objetivo de mudar responsavelmente esses números trágicos no trânsito. O Brasil aderiu a esse programa mundial e tem desenvolvido projetos de educação, estruturação e legislação no trânsito, para reduzir os casos de acidentes e de vítimas.

Segundo o membro da Câmara Técnica de Segurança do Paciente (CTSP), Jorge Curi, o enfrentamento deste grande desafio da vida moderna, que passa pela educação no trânsito, deve ser diário. Segundo ele, os números são dramáticos e há piora significativa em férias, feriados e fins de semana, quando as estradas são mais utilizadas, assim como em determinados horários diariamente, quando a locomoção é mais intensa. “Diante desses números preocupantes, o CFM intensifica os esforços contra a epidemia de acidentes no trânsito e convida todos os médicos para participarem dessa ação.”, completa.

Fonte da imagem: Freepik

Fonte: CFM



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