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O impacto das doenças crônicas na vida de uma parcela considerável de idosos e seus familiares pode ser devastador devido à incapacidade da pessoa idosa para realizar atividades rotineiras como: cuidar da própria higiene, se alimentar, se vestir, fazer compras, cuidar da casa, entre outras atividades do dia a dia.

Quando isso acontece, um familiar se encarrega dos cuidados ao idoso e, geralmente, o cuidador é uma mulher da família. Culturalmente, o ato de cuidar é atribuído às mulheres, sendo assim, a pessoa idosa será cuidada por filha, seja esposa ou filha, ou outra mulher. Além da característica marcante da mulher como cuidadora, ainda há a questão da idade, com o envelhecimento e o fenômeno da feminização da velhice (há um número maior de mulheres idosas em relação aos homens, devido à mortalidade masculina ser predominante), é comum a mulher idosa sendo a cuidadora de outra pessoa idosa ou idoso.

Dentre as doenças crônicas que causam incapacidade funcional, estão as demências (Alzheimer é a mais comum), outras doenças neurodegenerativas como Doença de Parkinson, Acidente Vascular Encefálico (derrame), amputações secundárias a doenças vasculares e diabete, osteoartrite, fratura de fêmur entre outras condições. Particularmente as doenças que afetam a cognição, causando agitação, confusão mental e agressividade são as mais estressantes para o cuidador.

O cuidado é complexo, afeta toda a dinâmica familiar e aumenta os custos com produtos e serviços para atender a pessoa idosa dependente de cuidado. Estudos apontam que o cuidador familiar também precisa de cuidado, toda essa mudança de rotina altera sua percepção sobre a própria saúde, resulta em estresse, desgaste físico e emocional, sensação de culpa, raiva, insegurança, depressão, ansiedade, autonegligência, problemas osteoarticulares e musculoesquelético, pode surgir ideias suicidas, agressividade excessiva (inclusive em relação ao idoso sob seus cuidados), entre outros agravos. Além disso, nem sempre o cuidador familiar está preparado para lidar com situações inerentes ao cuidado como banho, troca de fraldas, curativos, prevenção de lesão por pressão, etc.

Outro fator de risco para o estresse do cuidador são as questões sociais como famílias de baixa renda, baixa escolaridade e com dificuldade de acesso ao sistema de saúde, que tornam ainda mais grave e preocupante a condição de saúde de quem cuida e de quem é cuidado.

Leia também: Como saber se você é um Cuidador?

O primeiro grande obstáculo em relação a diminuir ou prevenir o estresse do cuidador é a própria rotina e falta de apoio de familiares e outras pessoas de sua convivência. Afinal, para que o cuidador possa ter algumas horas de autocuidado por dia ou de alguns dias por semana, alguém terá que assumir suas responsabilidades frente ao cuidado. Na impossibilidade de uma rede de apoio, o cuidador se vê desamparado e sozinho, piorando ainda mais sua saúde física e mental.

Conheça essas sete dicas de prevenção do estresse do cuidador:

  1. A primeira dica é justamente ter uma rede de apoio, pessoas da família ou do seu convívio social (vizinhos, amigos, parentes) que possam ficar disponíveis algumas horas ou um ou dois dias por semana com a pessoa idosa;
  2. Conheça a rede de apoio oferecida na comunidade (Unidade Básica de Saúde, grupos de apoio, etc.), converse com o serviço social referência do seu bairro;
  3. Organize seu dia para resolver assuntos como ir ao banco, consulta médica ou mercado, por exemplo, e veja com a rede de apoio quem poderá substituí-lo nos cuidados pelo tempo que precisará;
  4. Aproveite o tempo que estiver livre para seu autocuidado: passeios, exercício físico, dormir, visitar amigos;
  5. Aceite ajuda! Você não precisa fazer tudo sozinho, veja o que a pessoa se propõe a fazer para ajudar e se ocupe com outras coisas ou, simplesmente, descanse;
  6. Busque por apoio psicológico e social;
  7. Não se culpe, não acumule mágoas e não se sinta na obrigação de fazer tudo ou dar conta de tudo. Você está fazendo o melhor que pode, nas condições que tem.

Fonte da imagem: Freepik

Fonte: SILVA. L.K.C.; MAIA, J.C.; OLIVEIRA, D.T.; et al. Estratégias de enfermagem para minimizar o estresse dos cuidadores de idosos: revisão integrativa. Brazilian Journal of Development. Curitiba, v. 7, n. 5, p. 51269-79, may./ 2021.
VIEGAS, L.M.; FERNANDES, A.A.; VEIGA, M.A.P.L. Intervenção de Enfermagem no estresse do cuidador familiar do idoso com dependência: estudo piloto. Rev baiana enferm. Salvador, v. 32, n. e25244, p. 1-12, mai./2018.

 



1 comentário

  • Carlos gomes

    Grato me ajudou muito tudo abordado tenho 59 anos e cuido de minha mãe com 3 esquemias e com hidrocefalia no cerebro minha vida mudou muito principalmente de 1 ano para cá senti tudo que foi dito ,só aminha companheira me ajuda parentes nem pensar agora procurei ajuda psicológica grato a todos pela ajuda

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