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“Esta notícia é reprodução exata da informação do site da ANVISA (Agência nacional de Vigilância Sanitária: www.anvisa.org.br). Não nos responsabilizamos pelo conteúdo da notícia.”

antibioticoO termo superbactéria não é o mais correto tecnicamente, mas define bem o que pode acontecer quando os antibióticos são utilizados de forma inadequada e acabam provocando uma seleção das bactérias mais resistentes. O processo é simples, mas perigoso: bactérias que sobrevivem aos antibióticos podem gerar outras bactérias que também são resistentes. Tecnicamente essas bactérias são chamadas de multirresistentes, ou seja, resistem a vários tipos de medicamentos.

Resistência microbiana é o nome deste processo, que é uma das maiores preocupações de profissionais e autoridades da área de saúde no mundo inteiro. Os antibióticos são necessários para  combater as infecções, mas seu uso incorreto também pode piorar o quadro do paciente. O uso incorreto pode ser a utilização por um período inadequado ou a utilização de um medicamento que não é o recomendado para o tipo de bactéria que está causando a infecção, por exemplo.

 

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Por isso, um controle maior sobre o uso de antibióticos tem sido adotado por vários países para evitar que a banalização desses medicamentos deixe médicos e pacientes sem opção de tratamento.

Antibiótico sem receita de jeito nenhum

Uma das medidas para frear a resistência microbiana é racionalizar o uso de antibióticos e evitar tratamentos errados ou incompletos. Por isso, a receita especial em duas vias é obrigatória para a compra desse tipo de medicamento no Brasil desde 2010. O objetivo é fazer com que o paciente só utilize antibióticos após uma avaliação profissional que defina o tipo e a duração necessários. Como qualquer medicamento, os antibióticos só podem ser prescritos por médicos, dentistas e veterinários. Além disso, quando as receitas fazem parte de programas estabelecidos pelo Ministério da Saúde, como os programas de Tuberculose e Hanseníase, os medicamentos também podem ser prescritos por enfermeiros.

O uso incorreto de medicamentos traz outro prejuízo aos pacientes que, sem uma cura completa, poderão voltar a adoecer de forma mais grave no futuro. Esse problema ocorre, por exemplo, quando o paciente não faz o tratamento completo, tomando todas as doses prescritas.

No Brasil, a venda de antibióticos é acompanhada via internet pela Anvisa e pelas vigilâncias sanitárias de estados e municípios. Semanalmente as farmácias informam pelo sistema SNGPC todas as aquisições e vendas de antibióticos.

O problema é mundial, dados de pesquisas mostram que entre os anos 2000 e 2010 o consumo de antibióticos no mundo aumentou 36%.

Além do monitoramento das vendas, a Anvisa também acompanha a qualidade dos antibióticos, por meio de avaliação em laboratório e define limites para a presença de resíduos de medicamentos veterinários em alimentos.

 

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Principais erros no consumo de antibióticos

  • Aceitar a recomendação de qualquer pessoa que não seja médico, dentista ou enfermeiro (caso dos programas do SUS).
  • Tomar antibióticos quando estiver gripado ou com a garganta inflamada.
  • Usar um medicamento que foi recomendado para outra pessoa. Os sintomas podem ser parecidos, mas a doença e necessidade de tratamento podem ser outras.
  • Tomar os antibióticos que sobraram de um tratamento anterior, sem passar por avaliação profissional.
  • Fazer o tratamento por um período menor que o indicado pelo seu médico ou dentista.

Conheça as principais causas da resistência microbiana

  • Uso indevido de antibiótico, sem necessidade ou por um período diferente do recomendado.
  • Falhas no controle de infecções em hospitais e clínicas.
  • Capacitação insuficiente de alguns profissionais de saúde para a prescrição correta de antibióticos para os pacientes internados ou nos ambulatórios.
  • Falhas nas medidas de prevenção e controle de infecções em hospitais e clínicas, principalmente a higiene das mãos pelos profissionais de saúde.
  • Falta de higiene, por exemplo lavagem das mãos após o uso do banheiro e antes das refeições.
  • Ausência de novos tratamentos pela indústria farmacêutica.
  • Excesso de antibióticos em animais destinados à alimentação humana.