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Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveram um sorvete que ajuda a diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia em pacientes com câncer. Ele funciona como um complemento alimentar e, para testar a aceitação e analisar os resultados foi servido, por um ano, aos pacientes do Hospital Universitário. São três sabores: morango, chocolate e limão.

“Foi uma surpresa maravilhosa, o sorvete é delicioso e ele minimiza os efeitos da quimioterapia”, disse Carol Gilda Martins, assistente de financeiro que é paciente da unidade hospitalar. Ela faz tratamento para um câncer linfático desde março.

E passou por várias sessões de quimioterapia, fase do tratamento em que os efeitos colaterais são comuns. “A medicação é bem forte. Então eu acredito que sejam inevitáveis os efeitos colaterais. Então eu tenho mucosite, que é uma feridinha que dá na garganta, que dificulta na alimentação, às vezes afta, sapinho, uma série de coisinhas que dão na boca. O que dificulta você ingerir alimentos quentes, alimentos muitos grossos”, explica.

Pesquisa

Uma das nutricionistas responsáveis pela pesquisa é a professora Raquel Kuerten de Salles, do departamento de Nutrição da UFSC. “Por ser gelado, ele ajuda a anestesiar a cavidade bucal, que é uma das consequências do tratamento, que são as mucosites, sapinhos, enfim, que tanto dificultam a ingestão alimentar”, disse ela.

“Também o paciente que está em quimioterapia que ele tem uma alteração do paladar, o paciente tem uma dificuldade para se alimentar, tem um gosto diferente. O paciente também sente bastante náuseas, às vezes até o cheiro da comida pode incomodar”, afirma a médica da equipe de Hematologista do hospital, Giovanna Steffenello.

O sorvete leva fruta e outros ingredientes. “Ele tem ainda azeite de oliva desodorizado. A gente tem o whey protein isolado, que é uma proteína de alto valor biológico, temos fibra, não temos lactose no produto e não temos glúten no produto”.

O sorvete foi desenvolvido em parceria com uma fábrica de Florianópolis, que levou seis meses pra chegar à fórmula desejada pelos nutricionistas.

“Nós já fazíamos um sorvete que era muito próximo do que elas gostariam que fizéssemos. O desafio era: introduzir uma gordura de maior valor nutricional que seria o azeite de oliva desodorizado e uma quantidade grande de proteína. E para um sorvete isso é muito difícil”, disse o diretor de desenvolvimento de produtos Marcelo Baracuhy.

Os pacientes aprovam a novidade. “Desce fácil, é maravilhoso. Os sabores são todos muito bem escolhidos para não dar nem um pouco náusea. E é maravilhosa sim, a gente sente um carinho da equipe em ter pensado nisso para nós”, disse .

O aposentado Carlos Alberto Martins disse que a recuperação melhorou depois do consumo do sorvete. “Então com sorvetinho ficou tudo de bom. A recuperação é melhor ainda”.



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