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Prática Padrão Ouro criada em parceria pela SOBRASP e IBES, com as Melhores Práticas em Segurança Obstétrica

As PPO’s (Prática Padrão Ouro) são um consenso sobre as melhores práticas de assistência à saúde, em temas bastante específicos, liberadas para implantação nas Instituições.

Esse material tem o objetivo de repassar para os profissionais da saúde, práticas nacionais e internacionais relacionadas à Segurança do Paciente, especialmente referentes a assuntos pouco divulgados na mídia de comunicação em saúde.

Calcula-se que no mundo 287 (mil) mulheres morrem por ano por complicações no parto, cerca de 800 por dia. No Brasil estima-se que mortalidade materna gire em torno de 68 mulheres a cada 100mil nascidos vivos, informação certamente pouco representativa da realidade. A chance de morte por complicações no parto em países em desenvolvimento pode ser até 15 vezes maior do que em países desenvolvidos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde aproximadamente 90% das mortes são consideradas evitáveis e no Brasil mais de 70% são decorrentes de omissão, intervenção ou tratamento incorreto. Por tanto é imprescindível que boas práticas sejam adotadas.

Leia também: CFM não admite analgesia médica em parto feito por obstetrizes ou enfermeiros obstetras

Práticas Recomendadas

  1. Garantir dignidade e privacidade à parturiente e permitir o acompanhamento do trabalho de parto por uma pessoa escolhida pela paciente.
  2. Manter comunicação objetiva, clara e transparente entre equipe assistencial e paciente com compartilhamento de decisões e respeito às suas opiniões, crenças e valores.
  3. Empoderar pacientes e seus familiares para externarem suas dúvidas e preocupações e participarem ativamente no monitoramento dos sintomas e da vitalidade fetal.
  4. Oferecer um ambiente de conforto e estratégias alternativas para o alívio da dor.
  5. Permitir a realização de parto cesariana eletivo exclusivamente por desejo materno somente após 39 semanas, com confirmação da idade gestacional por exames do início da gestação para evitar prematuridade iatrogênica.
  6. Implementar a checklist de parto seguro.
  7. Não realizar tricotomia pubiana, perianal e lavagem intestinal de rotina.
  8. Não realizar amniotomia precoce de rotina para acelerar o trabalho de parto.
  9. Utilizar o partograma com linha de ação de 4 horas para o monitoramento da evolução do trabalho de
    parto, identificação e intervenção precoce na distocia.
  10. Padronizar o monitoramento dos batimentos cardíacos fetais, assegurando o registro e interpretação das informações.
  11. Prescrever ocitocina apenas na distocia por hipocontratilidade uterina.
  12. Proceder com antibioticoterapia profilática para todos os partos cesariana e iniciar antibioticoterapia imediata
    na admissão de pacientes em trabalho de parto com diagnóstico de rotura prematura de membranas a mais de 18h, febre ou dor vaginal fétido independente da via de parto.
  13. Não realizar manobra de Kristeller.
  14. Não realizar episiotomia de rotina.
  15. Definir e implementar protocolo de prevenção e atendimento à hemorragia pós-parto incluindo a realização rotineira de 10 UI de ocitocina intramuscular imediatamente após o nascimento do bebê e o momento de acionamento da agência transfusional para a disponibilização dos hemoderivados.
  16. Realizar o clampeamento do cordão umbilical somente após da parada dos batimentos, a menos que haja necessidade de reanimação neonatal.
  17. Monitorar e analisar mensalmente as taxas de cesarianas e os desfechos maternos e dos recém-nascidos para promover melhorias no cuidado.
  18. Definir e implantar protocolo para o atendimento a gestantes com hipertensão

Fonte da imagem: Freepik

Fonte: Aliancapartoseguro.org.br



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