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Por que é importante treinar o treinador?

Muito se fala sobre a importância do processo de mapeamento de necessidades de treinamento, planejamento e implantação dos planos de capacitação e da avaliação de eficácia desses programas, inclusive, o assunto é desdobrado em diversos requisitos da Subseção 1.4 – Gestão de Pessoas do Manual Brasileiro de Acreditação (metodologia ONA – Organização Nacional de Acreditação para as Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde).

Porém, pouquíssimo de fala sobre a importância de “treinar o treinador”.

Para iniciarmos a reflexão sobre o assunto, precisamos considerar um princípio básico: não existe um evento de treinamento que, se bem-feito, não produza um resultado de impacto organizacional.

O grande segredo para que este princípio seja cumprido com assertividade começa no processo de diagnóstico/mapeamento e não de um simples levantamento de necessidades entre diversas ou uma única fonte de informação. Você entende a diferença entre eles?

A resposta é simples: frente a uma situação diagnosticada como frágil ou passível de melhorias, quais são os indicadores relacionados a este cenário? Quais resultados podem ser passíveis de mensuração objetiva? Quando um programa de capacitação e desenvolvimento de profissionais é focado neste mapeamento, é não só em um “brainstorming” de desejos, a possibilidade de mensuração do real valor agregado às práticas de trabalho será uma consequência imediata!

Leia também: Como criar condições para que a aprendizagem aconteça na organização de saúde?

Os objetivos de um plano/programa de treinamento precisam estar centrados nos indicadores diagnosticados e todos os envolvidos devem estar cientes de qual é a necessidade de melhoria esperada, para haver engajamento prévio e posterior dos treinandos na aplicação do conteúdo que ministrado. É preciso haver um POR QUÊ! Para haver relação de sentido / significado / conexão entre o QUEM, COMO e QUANDO. Isso contribui para estruturar os critérios para análise dos efeitos pós capacitação e desenvolvimento das pessoas.

Somado a isso, é preciso que haja aval e envolvimento dos líderes, tanto na etapa inicial de incentivo à causa, quanto no acompanhamento do processo de aprendizagem das equipes e até mesmo na motivação final para a concretização dos resultados pós treinamento.

E em meio a tudo isso, por que “treinar o treinador”? Para que tudo o que foi relatado acima seja cumprido com sucesso!

Exercer o papel de instrutor de um treinamento é assumir a responsabilidade de ser multiplicador (referência sobre um assunto) e de ser facilitador do processo de aprendizagem de outros, com foco em resultados. Os treinadores internos (profissionais da própria instituição), quando bem capacitados para exercer esta finalidade, são mais eficazes que os terceirizados, porque eles têm uma compreensão muito mais profunda da cultura, dos clientes internos/externos e da missão/visão/valores da organização, para alinhamento e direcionamento da linguagem junto ao público. Eles estão ensinando (com base na Andragogia) os seus próprios colegas, como um trabalho em time e podem estruturar de maneira mais bem adequada as informações relevantes para o trabalho e para as metas almejadas (onde queremos chegar, qual o nosso objetivo comum, o que exatamente queremos alcançar?). Essa familiaridade pode diminuir receios e resistências dos participantes no início de um esforço de mudança, além de propiciar aumento na retenção e o entendimento do conhecimento, na prática do dia a dia.

Por sua vez, o “treinador” interno da instituição, estará continuamente aprimorando as suas habilidades e conhecimentos, tornando-se um verdadeiro “capita intelectual” da empresa, desenvolvendo a sua autoconfiança e reconhecimento do quanto gera de valor para a organização, ao exercer o papel de instrutor com eficiência e eficácia.
Entretanto, se não bem capacitado, pode haver riscos e desvantagens nessa abordagem do multiplicador interno. Primeiro, se o novo treinador falhar em aprender as informações corretas em primeiro lugar, ele pode espalhar informações errôneas para as pessoas que treinam e o resultado poderá ser catastrófico. Segundo, se este profissional não estiver alinhado com conceitos de Andragogia, por exemplo, como conseguirá envolver as pessoas e aplicar as mais bem adequadas técnicas, ferramentas e metodologias de ensino-aprendizagem, tornando cansativo ou desmotivante o conteúdo a ser ministrado.

No momento atual de transformação digital, foco em inovação e aceleração contínua, é preciso ser assertivo na abordagem do treinamento! É preciso capacitar-se primeiro, para daí ser capaz de capacitar os outros e multiplicar melhores desempenhos! Quer saber mais? Participe do curso do IBES, dia 19 de outubro!

Fonte da imagem: Freepik

Fonte: Autores de referência sobre o tema: Benedito Milioni e Alfredo Pires de Castro – Por Ana Claudia M. Pádua Avaliadora-Líder (Staff) do Grupo IBES



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