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Trabalho é contribuição importante para demonstrar a associação entre infecção pelo zika vírus e microcefalia, afirma pesquisador.
Matéria Dra. Patrícia e Dr. André
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, realizado por um grupo de pesquisa do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz-RJ, feito com grávidas em qualquer semana de gestação, mostrou um resultado preocupante. De 42 fetos examinados em gestantes infectadas pelo vírus Zika, 12 (cerca de 29%) apresentaram alguma alteração ao exame de imagem, manifestação clínica decorrente do seu efeito no sistema nervoso central, como falha de formação de estruturas cerebrais e microcefalia.
O estudo tem como limitação o pequeno número de gestantes acompanhadas, não permitindo inferir o risco absoluto das anomalias congênitas na infecção pelo vírus, de acordo com a autora do trabalho, doutora Patrícia Brasil. A pesquisa envolveu 88 mulheres que apresentaram exantema (manchas vermelhas na pele), das quais 72 (82%) tiveram diagnóstico de Zika confirmado pela identificação do RNA viral no sangue ou na urina.
“Apesar de no nosso estudo verificarmos alterações fetais em todos os trimestres da gestação, as infecções que ocorrem no início da gestação, ou no período de formação do embrião, são as que mais frequentemente cursam com anomalias congênitas, predominantemente na cabeça do feto, já que o Zika tem reconhecidamente um tropismo para o tecido cerebral”, explica a doutora Patrícia, que é líder do grupo de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas da Fiocruz-RJ.
 
ZIKA
 
“Já no final da gestação, as alterações nos fetos parecem decorrentes do acometimento das placentas como crescimento intrauterino retardado e alteração do volume do líquido amniótico que se detectada oportunamente pode prevenir o sofrimento fetal”, emenda.
A pesquisadora explica que o estreito acompanhamento da gestante infectada pelo médico obstetra é muito importante, uma vez que o monitoramento regular do crescimento e evolução do feto pode proporcionar a detecção oportuna de alterações que indiquem a necessidade de intervenções precoces que podem salvar a vida do bebê. Do mesmo modo, todo bebe nascido de gestante infectada deve ser acompanhado por equipe especializada.
Também participante da pesquisa, o doutor em Doenças Tropicais André Siqueira explica que os resultados ainda são preliminares porque algumas gestantes ainda não tinham chegado ao final da gestação. “Mas é contribuição importante para demonstrar a associação entre infecção pelo zika vírus e microcefalia, descrevendo uma variedade de acometimentos ao feto e que todas as fases da gestação podem trazer prejuízo”, afirma.
Clique aqui e leia a pesquisa na íntegra.
 
FONTE: SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL