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A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançou uma nova publicação que reúne estratégias para a prevenção do suicídio nas Américas, onde a cada ano ocorrem cerca de 65 mil mortes evitáveis por esse motivo.
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“Conectar. Comunicar. Cuidar” é o lema do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio deste ano, data instituída em 2003 pela Associação Internacional para a Prevenção ao Suicídio (IASP, sigla em inglês) em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O termo “conectar” se refere à necessidade de promover a conexão social entre pessoas em risco para prevenir o suicídio. “Comunicar” faz referência à necessidade de conversar e interagir; e “cuidar” trata da importância de os governos e prestadores de saúde priorizarem a prevenção. A nova publicação da OPAS – elaborada juntamente com o Instituto Nacional de Psiquiatria Ramón de la Fuente Muñiz, México, um centro colaborador da OMS – se enquadra nessa última opção.
O documento “fornece informação essencial para entender melhor as condutas suicidas e as principais estratégias para sua abordagem, desde o registro até a evolução das intervenções, tendo em conta as experiências em curso na região”, afirmou Dévora Kestel, chefe da Unidade de Saúde Mental e Uso de Substâncias da OPAS.
O livro “Prevenção da conduta suicida” oferece um panorama do suicídio ao redor do mundo a partir da perspectiva da OMS e inclui um resumo do relatório sobre mortalidade por suicídio nas Américas preparado pela OPAS, além de apresentar relatórios da América Central e também da República Dominicana, Chile, Cuba, Guiana, México, Nicarágua e Porto Rico.
Nas últimas décadas, em particular desde o ano 2000, várias estratégias nacionais de prevenção ao suicídio vêm sendo desenvolvidas. Elas abarcam diversas medidas, como a vigilância, a restrição aos meios utilizados para consumar o suicídio, as diretrizes para os meios de comunicação, a redução do estigma e a conscientização da população, assim como a capacitação dos profissionais de saúde, educadores, polícias e outros. Também incluem serviços de intervenção em casos de crises e serviços posteriores.
O suicídio é um tema complexo, com uma multiplicidade de fatores intervenientes, portanto, não há apenas uma resposta para esse problema. A publicação inclui capítulos sobre fatores associados à conduta suicida em que se abordam temas como religião e espiritualidade, uso de substâncias e o papel da personalidade no tratamento e na prevenção do suicídio entre adolescentes. Ao fim da publicação, são discutidos problemas e estratégias relacionados aos componentes metodológicos nos programas de prevenção ao suicídio em um capítulo preparado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, sigla em inglês).
De acordo com a OMS, o suicídio é um problema de saúde pública em países de alta renda e um problema emergente em países de baixa e média renda. É uma das principais causas de morte no mundo, especialmente entre os jovens. Mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio no mundo a cada ano. Isso corresponde a uma morte a cada 40 segundos.
O número de vidas que se perdem a cada ano por suicídio supera o número de mortes por homicídios e guerras juntos.
“Os serviços de saúde devem incorporar a prevenção do suicídio como um componente central nas estratégias de saúde”, disse Kestel, além de considerar que “a identificação precoce dos problemas de saúde mental, do consumo nocivo de álcool e do uso de substâncias são intervenções fundamentais para conseguir que as pessoas recebam a atenção que necessitam”.
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O conhecimento acerca do comportamento suicida tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas. No entanto, o suicídio continua tendo baixa prioridade nas ações de saúde pública. Espera-se que o novo relatório da OPAS sirva para a elaboração e aplicação de estratégias integrais de prevenção ao suicídio, a implementação racional de ações e para a avaliação das intervenções e sua ampliação.
A publicação, em espanhol, pode ser acessada AQUI!
 
Fonte: OPAS/OMS