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A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) atualizou a caracterização preliminar da Síndrome Congênita do Zika, após uma reunião internacional, em Pernambuco. O evento juntou cientistas do Brasil, da Colômbia, da Argentina, dos Estados Unidos, da OPAS e da OMS para investigar os detalhes da infecção pelo vírus zika e seus efeitos sobre a criança.
 
zika
 
A atualização busca contribuir para a melhoria do atendimento realizado em serviços de saúde das regiões afetadas. A OPAS/OMS está liderando o processo de agrupamento e revisão de mais evidências para definir claramente esses efeitos e atualizará sua descrição assim que mais evidências forem produzidas.
Além de sinais conhecidos anteriormente, como microcefalia e distúrbios no cérebro descritos previamente, foram identificados outros aspectos que caracterizam a Síndrome Congênita do Zika – relacionados a achados clínicos, laboratoriais/imagens, de desenvolvimento psicomotor e físicos.
Essas características englobam condições clínicas e achados de neuroimagem principalmente relacionados com o sistema nervoso central, como a epilepsia, deficiências auditivas e visuais, e desenvolvimento psicomotor, bem como os efeitos sobre os ossos e articulações, ou o sistema osteoarticular. Essas condições foram caracterizadas e analisadas em termos de frequência e gravidade nos períodos pré-natal, neonatal (de 0 a 28 dias) e primeiro ano de vida da criança.
Os cientistas analisaram revisões sistemáticas de dados sobre zika e compartilharam experiências do Brasil e da Colômbia. Eles receberam uma visão geral da situação epidemiológica, apresentada pelo Gerente de Incidentes da OPAS para Zika, Sylvain Aldighieri, e visitaram instituições de saúde no Recife que atendem crianças com microcefalia e outras condições associadas com a infecção pelo vírus zika.
De acordo com os especialistas, “a gama de distúrbios observados e do nexo causal provável com infecção pelo vírus zika sugerem a presença de uma nova síndrome congênita. A OMS pôs em prática um processo para definir o espectro da síndrome. O processo foca em mapeamento e análise das manifestações clínicas englobando os distúrbios neurológicos, auditivos, visuais e outros, além de descobertas relacionadas a neuroimagem”.
As informações sobre as complicações decorrentes da infecção pelo vírus zika ainda é limitada, e os cientistas planejam compartilhar dados sobre diagnóstico, descrição, consequências, processos físicos e análise de evidências de clínicos e pesquisadores a respeito das principais descobertas que fizeram até o momento.
“Nosso objetivo é dar assistência aos países no fortalecimento da vigilância do zika e Síndrome da Zika Congênita, além de aperfeiçoar a preparação para lidar com a Síndrome de Guillain-Barré nos serviços de saúde. A relação espacial e temporal de zika e Síndrome de Guillain-Barré é evidente em muitos países”, afirmou o gerente de incidentes da OPAS para zika, Sylvain Aldighieri, durante a reunião internacional.
“Tivemos a oportunidade de ir ao IMIP (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), em Pernambuco, e ver o trabalho excelente, incrível, que eles estão fazendo no acompanhamento e cuidado de crianças com microcefalia. É importante levar esse trabalho a outras partes do Brasil e do mundo”, disse o diretor de Família, Gênero e Curso de Vida, Andres de Francisco. “Também devemos lembrar que o zika não é a única causa de microcefalia e microcefalia não é o único possível sinal de zika”, acrescentou.
“Depois de quase um ano de trabalho muito forte de vários grupos de pesquisadores, hoje existe certo consenso de associar zika não apenas com microcefalia, mas com outros aspectos da síndrome congênita. A OPAS quer facilitar esse processo de buscas, de pesquisas e geração de conhecimento”, disse o Representante Adjunto da OPAS/OMS no Brasil, Luis Codina.
 
FONTE:OPAS/OMS
 
FONTE: OPAS/OMS