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Alguns médicos praticam a “medicina defensiva”, solicitando mais exames e procedimentos de modo a acreditar que isso vai afastar os processos por erro médico. Um novo estudo sugere que isso funciona.
 
Médicos americanos relatam a medicina defensiva como um dos principais contribuintes para os custos de saúde, e geralmente argumentam que eles devem praticá-la para reduzir a responsabilidade de negligência
 
negligencia
 
Usando dados sobre 24.637 médicos e mais de 18 milhões de internações hospitalares na Flórida entre 2000 e 2009, os pesquisadores descobriram que, quanto mais um hospital faturava, menos era provável que o médico estivesse em risco de ser processado.
 
O estudo investigou se os médicos em sete especialidades com maiores taxas médias hospitalares em um ano foram menos propensos a enfrentar uma acusação de negligência no ano seguinte, com ajuste para as características do paciente, comorbidades, e diagnóstico. Para fornecer o contexto clínico, o estudo centrou-se em obstetrícia, onde a escolha de partos cesáreos são sugeridas a serem influenciadas pela medicina defensiva, e investigou-se se os obstetras com taxas de cesarianas ajustadas mais altas em um ano tinham menos incidentes de negligência no ano seguinte.
 
Entre os 20% dos cirurgiões gerais que faturaram a menos, a taxa de reivindicações de negligência foi de 2,3%, enquanto que entre outros 20% que faturaram a mais, a taxa foi de 0,4 %.
 
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Mesmo após ajuste para fatores demográficos e considerando pacientes que tinham mais de uma doença, a associação persistiu em todas as especialidades. Os pesquisadores também descobriram que os médicos que geravam gastos elevados no primeiro ano, foram consistentemente elevados gastadores nos anos seguintes.
 
O estudo, no British Medical Journal, demonstrou uma associação, não causa e efeito, sendo impossível saber se o gasto de um médico foi motivado puramente pelo desejo de evitar processos por erro médico.
 
 
FONTE: Anupam B J et al. Physician spending and subsequent risk of malpractice claims: observational study. BMJ 2015; 351