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O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, recebeu nesta quarta-feira (7), em Brasília, representantes do governo britânico que vieram ao Brasil pedir apoio à ação internacional de combate às infecções resistentes aos medicamentos. Composta pelos pesquisadores Lord Jim O’Neill e Dame Sally Davies, a delegação está no Brasil para apresentar estudos que chamam a atenção aos problemas relacionados à resistência antimicrobiana.
 
farmac
 
De acordo com os estudos apresentados pelos pesquisadores britânicos, caso não sejam tomadas medidas, as infecções provenientes de resistência a medicamentos poderão matar, pelo menos, 10 milhões de pessoas anualmente, até 2050. Isso significará um custo estimado 100 trilhões de dólares na economia mundial. Até 2016, o especialista e sua equipe recomendarão um pacote de ações para enfrentar a ameaça crescente da resistência antimicrobiana, sendo que um dos objetivos da missão é pedir apoio ao governo brasileiro a essa ação.
 
Para Jim O’Neill, coordenador da pesquisa encomendada pelo governo britânico, para apurar o custo humano e financeiro dos riscos de infecções resistentes a medicamentos, “o Brasil pode desempenhar um papel global de liderança ao incluir a resistência antimicrobiana como tópico relevante de discussão em reuniões do G20 e na Assembleia Geral da ONU.
 
A venda de antibióticos no Brasil deste o ano de 2011, com a exigência da prescrição médica. Monitoramento da Anvisa indica que  houve queda de 10% na comercialização destes medicamentos no período de 2011 a 2013, após a regulamentação.
 
Dados da Anvisa também demonstram diminuição da automedicação e aumento do uso racional de antimicrobianos, além de redução dos casos de resistência bacteriana. Isso foi possível a partir do monitoramento sanitário e farmacoepidemiológico do consumo de antimicrobianos na comunidade  e o fortalecimento da “conscientização” da população sobre a necessidade de consumir medicamentos por meio de orientação de profissional habilitado.
 
cultura
 
PANORAMA NO MUNDO – Atualmente as infecções de superbactérias, associadas a doenças como a tuberculose, matam cerca de 700 mil pessoas por ano ao redor do mundo, ao passo que cânceres matam 8,2 milhões. De acordo com as projeções do estudo de O’Neill, as mortes anuais relacionadas a casos de doenças resistentes a antibióticos poderão chegar, em 2050, a 4,7 milhões na Ásia, 4,1 na África e 392 mil na América Latina.
 
FONTE: Ministério da Saúde