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A segurança do paciente é um indicador de qualidade no sistema de saúde. Ela deve ser oferecida a todos sem distinção social, de gênero ou raça. Contudo, um estudo publicado pelo International Journal for Equity in Health em agosto deste ano mostra que os serviços de saúde são seletivos.

Segurança do paciente é a ausência de danos preveníveis ao enfermo e é visto como um dos maiores desafios da saúde. E esta condição deve ser oferecida a todos os indivíduos, sem distinções, mas não é assim que ocorre, havendo disparidade de tratamento entre raças, gêneros, etnias e idades distintas. A pesquisa citada acima classificou os eventos adversos em 4 categorias. Descubra as conclusões sobre cada uma:

  1. Erros administrativos
  • Minorías étnicas têm maior propensão a passar por eventos adversos consequentes de erros no processo de cuidado (pedido de exame; implementação e realização de exames; notificação dos resultados ao médico e ao paciente).

 

2. Erros de diagnóstico

  • Mulheres têm menos propensão a receber o diagnóstico apropriado e no prazo sobre doenças do coração e câncer quando comparadas aos homens.
  • Embora os pacientes negros apresentem menores níveis de depressão comparados a brancos, eles têm maior propensão a ser subdiagnosticados com depressão durante o cuidado primário.

 

3. Erros de medicação

  • A quantidade de antibióticos receitados às mulheres é 36% maior que dos homens (na faixa etária de 16 a 34 anos) e 40% maior (entre 35 e 54 anos).
  • Negros têm menor propensão a receber opióides para o tratamento da dor em comparação a brancos; e as crianças brancas têm maior propensão a receber certos antibióticos de largo espectro do que negras.

 

4. Erros na transição de cuidado

  • Mulheres têm maior propensão a serem submetidas a testes cardíacos de estresse comparadas aos homens.

 

Leia também: Notificações de eventos adversos que levaram a óbitos no Brasil, via Notivisa

 

Os grupos sociais vulneráveis têm maior propensão a sofrer eventos adversos. Os resultados do estudo confirmam que mulheres e negros recebem uma quantidade de  diagnósticos, tratamentos e recomendações errados superior ao de homens e brancos.

Embora um dos princípios da saúde seja entregar um cuidado equitativo aos pacientes, esta pesquisa apontou que pacientes com os mesmos sintomas recebem tratamentos diferentes de acordo com gênero, etnia e situação sócio econômica.

 

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Neste episódio Aléxia Costa comenta um estudo sobre recomendações nas ocorrências de eventos adversos:

 

Referência:

Carlotta Piccardi; Jens Detollenaere; Pierre Vanden Bussche; etc. Social disparities in patient safety in primary care: a systematic review. International Journal for Equity in Health. 2018.



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