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Covid-19 em crianças: ainda não devemos nos preocupar?

Estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e financiado pelo Programa Fiocruz de Fomento à Inovação (Inova Fiocruz) analisou dados do Sistema de Informação (SIM) do Ministério da Saúde sobre Mortalidade Infantil, denotando o perfil dos óbitos de crianças brasileiras ocorridos pela Covid-19.

Este demonstra que, em 2020, aproximadamente metade dos adolescentes e crianças brasileiras mortas pela Covid-19 tinha menos de dois anos de idade; dos óbitos ocorridos até 18 anos, um terço foi de crianças menores de 1 ano e 9% ocorridos entre recém-nascidos com menos de 28 dias.

A fim de identificar o impacto da pandemia em crianças, segundo o estudo, no ano de 2020 foram registrados 1.201 óbitos de indivíduos nesta faixa etária, e 110 em bebês com menos de 28 dias, demonstrando que, apesar de a forma assintomática da Covid-19 ser mais comum entre crianças e adolescentes, estes não estão imunes, podendo adoecer mais gravemente e até irem a óbito.

Leia também: Apenas gestantes com comorbidades poderão iniciar a vacinação contra a Covid

Nos Estados Unidos, o avanço da variante Delta aumentou o número de casos novos de Covid-19 expondo cada vez mais as crianças menores de 18 anos ao vírus, visto que estas ainda não estão vacinadas ou não completaram o esquema vacinal totalmente, como é o caso das maiores de 12 anos. Em muitos países os leitos hospitalares destinados às crianças já estão sobrecarregados, e tal cenário também pode ocorrer no Brasil.

Por este motivo, o estudo indica que a cobertura vacinal em adultos deve aumentar mais rapidamente, sendo prioritária a vacinação de gestantes e lactantes, bem como a manutenção das medidas preventivas já instituídas, como o uso de máscaras e o distanciamento social mesmo após a vacinação.

O incentivo ao aleitamento materno também permanece para mães contaminadas pela Covid-19, se mães e bebês estiverem em condições para tal, uma vez que os benefícios do aleitamento superam demasiadamente o risco de contaminação pela doença devendo, nestes casos, serem reforçados os cuidados como higiene das mãos e o uso de máscara PFF2.

Quanto ao uso de máscaras por crianças, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém a recomendação do uso universal a partir de 12 anos de idade, orientando que crianças menores devem ter seu caso avaliado individualmente, contudo, não recomendando a obrigatoriedade do uso de máscaras por crianças com idade inferior a 5 anos.

Fonte da imagem: Freepik

Referência: FIOCRUZ



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