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O CÂNCER DE MAMA (CM)
O câncer de mama (CM) é uma doença que ocorre quando há uma multiplicação anormal de células da mama. Essas células crescem de forma desordenada, formando tumores. Alguns fatores de risco aumentam as chances de uma mulher desenvolver câncer de mama, tais como: comer frequentemente alimentos gordurosos, estar acima do peso, ter tido a primeira menstruação antes dos 12 anos, não ter tido filhos ou ter tido o primeiro filho após 30 anos de idade, ter história familiar de câncer de mama ou ter predisposição genética (mutação herdada nos genes do câncer de mama BRCA). Esse é um dos cânceres mais diagnosticados e a possibilidade de tê-lo aumenta após os 50 anos. Muitos casos de CM são inicialmente identificados pela detecção de um nódulo à palpação ou por meio da realização de exames de imagem, como a mamografia. A confirmação do diagnóstico é realizada por biópsia, procedimento no qual se retira um pedaço do tecido suspeito da mama para investigação. Entre os sinais e sintomas mais comuns de CM, estão: presença de ínguas nas axilas e alterações na pele da mama, como vermelhidão e engrossamento e encolhimento (aspecto conhecido como “casca de laranja”).
 
ca mama radioterapia
COMO O SUS TRATA OS PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA
O tratamento recomendado, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é conduzido segundo as fases da doença, chamadas estádios. Assim, a depender do estádio e das características do tumor, define-se a conduta de tratamento:
• Estádios I e II: cirurgia com retirada apenas do tumor (lumpectomia) ou da mama (mastectomia). Em algumas situações, realizam-se radioterapia e quimioterapia após a cirurgia.
• Estádio III (tumores maiores, porém ainda localizados). Realiza-se quimioterapia para redução do tamanho do tumor e tratamento local (mastectomia, radioterapia e reconstrução da mama).
• Estádio IV (tumores maiores, câncer disseminado): quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (imunoterapia). O objetivo do tratamento com radiação (radioterapia) é destruir quaisquer células tumorais que restaram em pacientes tratados por cirurgia e também pode ser utilizada para redução do tamanho do tumor antes da cirurgia. O procedimento utilizado atualmente no SUS é a radioterapia convencional (RC), realizada antes ou depois da cirurgia para retirada do tumor.
 
 
PROCEDIMENTO ANALISADO RADIOTERAPIA INTRAOPERATÓRIA
A empresa Carl Zeiss do Brasil Ltda solicitou à CONITEC a inclusão no SUS do procedimento de radioterapia intraoperatória para o tratamento de estádios muito iniciais do câncer de mama em complemento à mastectomia parcial (retirada da parte da mama onde está o tumor). A radioterapia intraoperatória é aplicada dentro da mama através de uma haste, em dose única, logo após a retirada do tumor, ou seja, é realizada no momento da cirurgia. Essa técnica é reservada para pacientes com tumores de baixo risco de reincidência, ou seja, de ocorrer novamente. Os resultados dos estudos científicos analisados pela CONITEC sobre a radioterapia intraoperatória sugerem que esse procedimento é menos eficaz do que a radioterapia que já é utilizada no SUS. Os estudos demonstram um aumento de 2% na chance de reincidência ( do câncer voltar). Além disso, a análise de custos demonstrou que o procedimento não é uma alternativa econômica para o tratamento do câncer de mama no SUS.
 
QUAL A RECOMENDAÇÃO INICIAL DA CONITEC
Considerando o disposto acima, a CONITEC recomendou inicialmente a não inclusão no SUS do procedimento radioterapia intraoperatória para o tratamento de estádios iniciais do câncer de mama em complemento à mastectomia parcial. O assunto está agora em consulta pública para receber contribuições da sociedade (opiniões, sugestões e críticas) sobre o tema. Para participar, preencha o formulário eletrônico disponível em O relatório técnico completo de recomendação da CONITEC está disponível em AQUI.
 
FONTE: CONITEC – COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO SUS