- 7 de junho de 2016
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
Mais de 47,6 milhões de pessoas já se vacinaram contra a influenza neste ano, o que representa uma cobertura de 95,5% do público-alvo da campanha, composto de 49,8 milhões de pessoas. Esta população é considerada de maior risco para desenvolver complicações causadas pela doença. Apesar de a campanha ter encerrado no dia 20 de maio, a vacinação prossegue em alguns estados e municípios, já que o Ministério da Saúde disponibilizou 54 milhões de doses da vacina – uma reserva técnica de 4,2 milhões de doses acima do quantitativo de pessoas que integram o público prioritário.
O público-alvo é formado por crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis. As pessoas deste último grupo são mais vulneráveis a desenvolver a forma grave da doença. As crianças que tomaram a vacina pela primeira vez neste ano devem retornar aos postos de saúde para aplicação da 2ª dose até o dia 20 de junho.
De acordo com o balanço, o Distrito Federal se destacou vacinando até esta segunda-feira (6) quase a totalidade de seu público-alvo (99,5%), seguido pelos estados de São Paulo (97%), Espírito Santo (95,25), Paraná (93,2%), Rondônia (93%), Santa Catarina (92,9%), Goiás (92,5%) Minas Gerais (91,8%), Rio Grande do Sul (90,8) e Alagoas (90,1%). Os outros estados seguem com cobertura acima da meta de 80%, com exceção do Acre (76,2%) e Roraima (76,9%).
Até o momento, a região Sudeste apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a influenza, com 93,9% de imunização, seguida pelas regiões Sul (92,3%); Centro-Oeste (90,9%); Nordeste (87,2%) e Norte (86,3%). Dentre os grupos prioritários para vacinação, os trabalhadores da saúde apresentam, até o momento, a maior cobertura, com 4,5 milhões de doses aplicadas, o que representa 110,4% dos profissionais a serem vacinados. Em seguida estão as puérperas, com 374 mil vacinadas (101,9%); 19,7 milhões de idosos (94,4%); crianças de seis meses a menores de cinco anos, com 10,8 milhões de vacinados (84,2%); 1,6 milhão de gestantes (74,1%).
Com 530 mil doses aplicadas, 85% dos indígenas já foram vacinados. Como a vacinação deste grupo é realizada em áreas remotas, a atualização dos dados segue outra dinâmica. Também foram aplicadas 463,6 mil na população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional, e 9 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidades. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, o que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esses grupos não há meta específica de vacinação.
Após o encerramento da campanha nacional, no dia 20 de maio, o Ministério da Saúde recomendou a continuidade da vacinação aos estados que não atingiram a meta. Ficou a cargo dos estados e municípios, no entanto, avaliar se já tinham sido esgotadas todas as possibilidades de vacinação dos grupos-alvo. A partir desta análise, os estados foram orientados a definir o novo público a ser incluído na campanha, de acordo com as necessidades locais. Vale ressaltar que a vacina da gripe tem duração de um ano, e não deve ser devolvida.
A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
MEDICAMENTO – Todos os estados estão abastecidos com o Fosfato de Oseltamivir, medicamento para tratar a doença, e devem disponibilizá-lo em suas unidades de saúde. É importante que o medicamento seja administrado nas 48 horas do início dos sintomas.
Em 2016, o Ministério da Saúde enviou às secretarias de saúde dos estados, até a metade do mês de maio, 2.231.000 unidades Oseltamivir (30 mg), 1.884.300 de 45 mg e 6.981.000 de 75 mg.
O Oseltamivir faz parte do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF), cuja compra é centralizada, ou seja, o Ministério da Saúde é responsável pela aquisição. Cabe aos Estados, Distrito Federal e municípios a responsabilidade pelo armazenamento, controle de estoque e prazos de validade, distribuição e dispensação.
PREVENÇÃO – A transmissão dos vírus influenza ocorre pelo contato com secreções das vias respiratórias que são eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como formas de prevenção: lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal, entre outros.
Em caso de síndrome gripal, a recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus. Por isso as medidas de prevenção são tão importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, que é entre os meses de junho e agosto.
Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o serviço médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
CASOS DA DOENÇA – Neste ano, até 30 de maio, foram registrados 4.704 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 3.978 foram por influenza A (H1N1), sendo 764 óbitos, com registro de um caso importado (o vírus foi contraído em outro país). Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Influenza do Ministério da Saúde.
O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas do país, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
A Região Sudeste concentra o maior número de casos (2.013) de influenza A H1N1, sendo 1.714 no estado de São Paulo. Outros estados que registraram casos neste ano foram Rio Grande do Sul (495); Paraná (466); Goiás (249); Mato Grosso do Sul (143); Pará (141); Rio de Janeiro (119); Santa Catarina (118); Espírito Santo (105); Distrito Federal (101); Bahia (84); Minas Gerais (75); Pernambuco (51); Ceará (32); Paraíba (18); Alagoas (17); Rio Grande do Norte (16);
Mato Grosso (9); Rondônia (7); Amapá (6); Sergipe (3); Amazonas (3); Acre (2); Roraima (1); Maranhão (1), e Piauí (1).
Com relação ao número de óbitos, São Paulo registrou 352, seguido por Rio Grande do Sul (82); Paraná (54); Goiás (44); Rio de Janeiro (36); Santa Catarina (28); Mato Grosso do Sul (24); Espírito Santo (23); Minas Gerais (20); Minas Gerais (20); Bahia (18); Pará (18); Pernambuco (13); Distrito Federal (10); Paraíba (9); Ceará (8); Rio Grande do Norte (6); Mato Grosso (6); Alagoas (5); Amapá (4); Amazonas (2) e Maranhão (1).
Total de doses aplicadas (exceto em pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional) por UF
Estado | Vacinação contra a gripe – até 27 de maio | ||
População prioritária | Doses aplicadas | Cobertura vacinal (%) | |
RO | 302.412 | 281.347 | 93,03% |
AC | 170.024 | 129.552 | 76,2% |
AM | 869.062 | 748.771 | 86,2% |
RR | 150.116 | 115.485 | 77% |
PA | 1.491.529 | 1.291.345 | 86,6% |
AP | 139.546 | 124.179 | 89% |
TO | 292.131 | 257.572 | 88,2% |
NORTE | 3.414.820 | 2.948.221 | 86,4% |
MA | 1.390.900 | 1.191.089 | 85,6% |
PI | 645.402 | 517.690 | 80,2% |
CE | 1.776.416 | 1.563.058 | 88% |
RN | 669.091 | 556.916 | 83,2% |
PB | 853.196 | 761.104 | 89,2% |
PE | 1.887.670 | 1.681.665 | 89,1% |
AL | 636.571 | 573.831 | 90,1% |
SE | 408.849 | 364.163 | 89,2% |
BA | 2.900.022 | 2.528.665 | 87,2% |
NORDESTE | 11.168.117 | 9.738.181 | 87,2% |
MG | 4.118.983 | 3.780.421 | 91,8% |
ES | 722.718 | 687.829 | 95,2% |
RJ | 3.643.069 | 3.217.075 | 88,3% |
SP | 8.999.512 | 8.728.548 | 97% |
SUDESTE | 17.484.282 | 16.413.873 | 93,9% |
PR | 2.242.191 | 2.095.679 | 93,5% |
SC | 1.267.596 | 1.176.967 | 92,9% |
RS | 2.517.391 | 2.291.337 | 91% |
SUL | 6.027.178 | 5.563.983 | 92,3% |
MS | 582.399 | 514.787 | 88,4% |
MT | 623.834 | 520.167 | 83,4% |
GO | 1.219.467 | 1.128.197 | 92,5% |
DF | 498.646 | 496.036 | 99,5% |
CENTRO-OESTE | 2.924.346 | 2.659.187 | 91% |
TOTAL | 41.018.743 | 37.323445 | 91% |
Total de público-alvo e doses da vacina entregues por UF
UF | Total Público-alvo | Total de doses entregues para a Campanha 2016 |
RO | 350.256 | 376.700 |
AC | 195.184 | 210.600 |
AM | 942.947 | 1.037.900 |
RR | 164.345 | 175.600 |
PA | 1.704.531 | 1.846.400 |
AP | 165.484 | 177.100 |
TO | 326.013 | 349.700 |
NORTE | 3.848760 | 4.174.000 |
MA | 1.529.100 | 1.635.900 |
PI | 732.193 | 783.500 |
CE | 2.017.553 | 2.158.800 |
RN | 776.019 | 830.400 |
PB | 946.103 | 1.012.400 |
PE | 2.095.962 | 2.242.300 |
AL | 699.104 | 748.100 |
SE | 454.675 | 486.600 |
BA | 3.268.957 | 3.499.700 |
NORDESTE | 12.519.666 | 13.397.700 |
MG | 4.932.010 | 5.278.400 |
ES | 849.659 | 909.200 |
RJ | 4.165.042 | 4.456.600 |
SP | 11.900.190 | 12.733.200 |
SUDESTE | 21.846.902 | 23.377.400 |
PR | 2.922.568 | 3.128.400 |
SC | 1.759.539 | 1.885.300 |
RS | 3.574.750 | 3.824.500 |
SUL | 8.256.857 | 8.838.200 |
MS | 667.922 | 722.200 |
MT | 698.212 | 750.000 |
GO | 1.433.414 | 1.533.800 |
DF | 609.105 | 651.800 |
C.OESTE | 3.408.653 | 3.657.800 |
BRASIL | 49.880.838 | 53.445.100 |
Leia Mais:
Vacina e tratamento contra a gripe: confira as estratégias do Ministério da Saúde em 2016
FONTE: Portal da Saúde