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A fadiga pandêmica é real e está afetando a todos, principalmente os profissionais da saúde.

Se você está se sentindo esgotado, embalado por uma sensação de vazio e com dificuldades de se concentrar, saiba que não está sozinho. A fadiga pandêmica é real e está afetando a todos, principalmente os profissionais da saúde.

Com o aumento da ansiedade na quarentena e a preocupação com os sintomas da COVID-19, dois problemas distintos se relacionam. Isso porque ambos estão no mesmo nível de preocupação. Nesse cenário que estamos vivendo, a crise de ansiedade e a saúde mental está sendo capaz de preocupar a OMS.

Após tanto tempo isolados, a ideia de voltar a realizar as mais simples confraternizações sociais pode parecer, para muitos, uma tarefa difícil. O empenho em resguardar-se do contato social mudou a forma como encaramos o outro, os riscos aos quais nos submetemos e a nossa própria intimidade, o que resultou em uma sensação até então desconhecida, a qual estudiosos tentam resumir como “apatia social”, “fadiga pandêmica” e até “definhamento”.

Em resumo, chegamos a uma situação de total ausência de bem-estar, pois, negligenciamos um fato importante: não estávamos preparados para tamanho desconforto coletivo, que afetaria tantas pessoas de uma só vez. E para lidar com isso, é necessário levantar um debate mundial sobre nossa saúde emocional e mental.

Leia também: Covid-19: como anda a saúde mental dos profissionais?

Fadiga pandêmica, por exemplo, é o termo adotado pela OMS para caracterizar o cansaço e o esgotamento físico e mental provocados pela pandemia. As restrições na vida social, financeira, entre outras dimensões, aumentam a falta de perspectiva e diminuem o poder de planejamento. Nada disso é um sério transtorno psíquico, mas esse tipo de sofrimento prolongado pode, segundo a organização, gerar ansiedade, depressão e insônia, mesmo em quem não apresentava nenhuma tendência prévia.

Como manter o equilíbrio mesmo após tanto tempo de pandemia? Há alguma recomendação diferente das que foram dadas no início da pandemia?

A pandemia persistentemente tomou a nossa rotina, algumas pessoas referem que já nem lembram direito como era antes do “novo normal”. Isso significa que a pandemia também deixou a possibilidade de renovação. Quem focou no que estava disponível conseguiu descobrir novos interesses, remodelou as suas atividades e reformou os seus planos.

O coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde lembra que o primeiro passo para enfrentar essas situações é reconhecer a necessidade de ajuda e procurar um profissional. “O atendimento começa na Atenção Primária, na unidade básica de saúde mais próxima da sua casa”, orienta Bernardon. Ele defende que, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, desde os primeiros sinais, melhor para evitar que o quadro se torne crônico. “Nosso papel, junto aos estados e municípios, é aumentar o conhecimento e a capacidade de detecção dos profissionais”, afirma.

Miriam Trudo ressalta a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente no atual contexto, alinhada a outras políticas públicas que impactam direta ou indiretamente na saúde mental, como o acesso à boa alimentação e a empregos. “Muitas famílias sofreram impactos econômicos decorrentes da pandemia, e as condições externas também influenciam na recuperação”, afirma.

A ideia é concentrar-se no que pode ser feito, seja em termos de trabalho ou de lazer, seja no desenvolvimento acadêmico, profissional ou na estrutura familiar. É tempo de contabilizar e aproveitar os recursos e as pessoas que ficaram no nosso entorno. É ocasião de nos voltarmos para as necessidades dos outros, para a solidariedade, para a nossa capacidade de resignação, assim como de superação, diante do contexto adverso.

A psicóloga e doutora em psicologia Ana Paula Ferreira defende a empatia e a resiliência como formas de lidar com a fadiga. “Saber que a sua dor é tão importante quanto a do outro nos impulsiona a tomar atitudes proativas em prol da coletividade. Isso também pode nos ajudar”, afirma Ana Paula.

Por outro lado, se mesmo depois de toda a readaptação ao “novo normal”, a ansiedade e apatia permanecerem, é preciso ficar atento. Se a evitação do outro continuar por muito tempo, inclusive causando prejuízos na vida social e profissional, o melhor a fazer é procurar ajuda profissional

Fonte da imagem: Freepik

Fonte: Ministério da saúde



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