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Mapeamento de Processos x Mapeamento da Jornada do Paciente: Entenda as Diferenças

Juntas, essas ferramentas reduzem riscos assistenciais e promovem fidelização dos pacientes

No contexto da gestão da qualidade e segurança na saúde, dois conceitos frequentemente utilizados, e por vezes confundidos, são o mapeamento de processos e o mapeamento da jornada do paciente. Ambos são fundamentais para a melhoria contínua e a experiência segura e eficaz do paciente, mas têm finalidades e abordagens distintas. Compreender suas diferenças é essencial para aplicá-los corretamente nas organizações de saúde.

 

Leia mais: Inovar em Saúde Começa com Processos Claros e Bem Geridos

 

Mapeamento de Processos: foco na operação

O mapeamento de processos é uma técnica utilizada para representar graficamente as atividades realizadas em uma organização, com foco na eficiência operacional e padronização dos fluxos de trabalho. Cada processo é descrito por suas entradas, atividades, responsáveis, documentos e saídas, com o objetivo de identificar gargalos, riscos, desperdícios e oportunidades de melhoria.

Na saúde, isso se aplica a fluxos como: admissão hospitalar, preparo de medicação, solicitação de exames, entre outros. Ele permite uma visão clara da estrutura organizacional e das interações entre setores, sendo essencial para atender aos requisitos de acreditações como ONA, ACSA International e Joint Commission.

 

 

Mapeamento da Jornada do Paciente: foco na experiência

Por outro lado, o mapeamento da jornada do paciente (ou Patient Journey Mapping) coloca o paciente no centro e busca entender como ele vivencia os cuidados de saúde ao longo do tempo, desde o primeiro contato com a instituição até o desfecho do atendimento, incluindo aspectos emocionais, percepções, dificuldades e expectativas.

É uma ferramenta com forte viés de design centrado no ser humano, que visa melhorar a experiência, engajamento e segurança do paciente. A jornada pode incluir momentos como: agendamento da consulta, chegada ao hospital, espera, atendimento clínico, exames, alta e acompanhamento pós-atendimento.

 

Comparativo: Processos vs. Jornada

Aspecto Mapeamento de Processos Mapeamento da Jornada do Paciente
Foco Eficiência e padronização Experiência e percepção do paciente
Perspectiva Interna (organização) Externa (paciente)
Objetivo principal Melhorar processos operacionais Melhorar a experiência e segurança
Técnica Fluxogramas, BPMN Storytelling, mapas de empatia, touchpoints
Uso comum Acreditações, protocolos, indicadores Humanização, PREMs, melhorias na experiência

 

Integração das duas abordagens

Apesar das diferenças, essas duas abordagens não são excludentes, pelo contrário, se complementam. Uma organização de saúde madura deve utilizar o mapeamento de processos para garantir segurança, qualidade e conformidade, enquanto o mapeamento da jornada do paciente oferece uma visão crítica para aprimorar o cuidado centrado na pessoa.

Juntas, essas ferramentas impulsionam a inovação, reduzem riscos assistenciais e promovem maior fidelização dos pacientes.

 

Fonte da imagem: Envato

Referências:

1. Organização Nacional de Acreditação (ONA). Manual Brasileiro de Acreditação.
2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde.
3. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: Documento Base para Gestores e Trabalhadores do SUS.
4. Institute for Healthcare Improvement (IHI). Experience-Based Co-Design Toolkit.
5. Bate, P., Robert, G. (2006). Experience-based design: from redesigning the system around the patient to co-designing services with the patient. BMJ Quality & Safety.
6. Joint Commission International (JCI). Patient-Centered Care Strategies.



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