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Fonte: peoplecreations em freepik.com

 

A Anvisa publicou, nesta quinta-feira (30/4), a Nota Técnica 6/2020, com orientações para a prevenção e o controle das infecções pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) durante a realização de procedimentos cirúrgicos. O objetivo é apresentar informações atualizadas para apoiar a tomada de decisão de equipes hospitalares durante a prática perioperatória (período de tempo que vai desde que o cirurgião decide indicar a operação e comunica ao paciente até que este último retorne às atividades normais, depois da alta hospitalar) nesse período de pandemia.   

O material está divido em seis tópicos: introdução; organização pré-cirúrgica; capacitação e equipe; equipamentos de proteção individual (EPIs) e orientações de acordo com o risco no ambiente cirúrgico; procedimentos laparoscópicos; e referências bibliográficas.   

As medidas apresentadas são baseadas no que se sabe até o momento sobre a doença e o vírus. Assim, as orientações podem ser modificadas a qualquer tempo, desde que surjam novas informações.   

No entanto, os profissionais ou os serviços de saúde podem determinar ações de prevenção e controle mais rigorosas do que as recomendadas pela Anvisa, a partir de uma avaliação caso a caso e de acordo com a realidade local. 

A nota complementa o conteúdo da Nota Técnica 4/2020, que trata das medidas que devem ser adotadas pelos serviços de saúde durante a assistência a casos suspeitos ou confirmados de Covid-19. 

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Impacto  

A pandemia de Covid-19 afetou diretamente a prática cirúrgica pela suspensão de procedimentos eletivos e a priorização de cirurgias de urgência e emergência, com o objetivo de reservar leitos para pacientes com infecção respiratória, principalmente em unidades de terapia intensiva (UTIs).

Assim, o planejamento para a manutenção e a retomada dos procedimentos cirúrgicos, de forma geral, deve ser baseado em novos protocolos e práticas para a prevenção e o controle da transmissão do novo coronavírus (Sars-CoV-2) nos serviços de saúde.

Organização pré-cirúrgica 

De acordo com a nota, toda a programação cirúrgica deverá ser revista em relação aos riscos, prioridades e recursos da unidade e as cirurgias eletivas não essenciais devem ser adiadas. Qualquer membro da equipe cirúrgica, anestésica ou colaboradora que apresentar sintomas “gripais” (sintomático) deverá ser orientado a não participar do ato operatório e a passar por testes para Covid-19. Além disso, deverá ser afastado do trabalho, seguindo as orientações do Ministério da Saúde.

Capacitação e equipe  

As equipes dos hospitais devem estimular a realização de simulações de situações críticas, adotar escalas racionais de trabalho e medidas individuais de proteção e cuidados relativos à saúde mental do grupo. Também devem ser estimuladas a cooperação, a tolerância e a confiança entre os membros da equipe. É recomendado, ainda, o uso de recursos de telessaúde/telemedicina.

EPIs e orientações gerais 

Os profissionais que atuam em ambientes cirúrgicos devem adotar protocolos e checklists específicos e considerar a definição de salas de cirurgias exclusivas para pacientes suspeitos ou confirmados com Covid-19.

Também devem reforçar as orientações de que objetos pessoais (bolsas, carteiras, chaves e outros) não devem ser levados para o ambiente cirúrgico. No caso de aparelhos celulares, o seu uso deve ser feito de forma bastante criteriosa, seguindo as orientações do próprio serviço de saúde. As medidas incluem, ainda, a restrição da quantidade de pessoas em sala operatória durante a intubação orotraqueal, entre outras.

Procedimentos laparoscópicos 

Recomenda-se que esse tipo de procedimento seja realizado pelo cirurgião com mais habilidade e experiência. A Anvisa recomenda que a decisão de usar ou não a via laparoscópica deve ser individualizada, a critério clínico e do cirurgião, levando em consideração o risco de contágio por questões técnicas inerentes ao material cirúrgico.

Parcerias  

Nota Técnica com as orientações para a prevenção e o controle das infecções pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) em procedimentos cirúrgicos foi produzida pela Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES) da Agência, em conjunto com os seguintes parceiros:

  • Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC).
  • Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).
  • Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot).
  • Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA).
  • Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar (ABIH).
  • Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
  • Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (Sobecc).
  • Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).
  • Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
  • Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede)
  • Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador (CGSAT/DSASTE/SVS/MS).

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Fonte: ANVISA



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