Ícone do site Grupo IBES

Subnotificação de erros de medicação: um problema não só no Brasil

O sistema de saúde australiano é considerado um dos melhores do mundo, sendo provido por meio de uma parceria público-privada que atua na promoção da saúde, prevenção das doenças e agravos, além da redução dos riscos em saúde. Mas mesmo assim os erros de medicação ainda são subnotificados, conforme evidenciado em estudo realizado.
 
med-error
 
O estudo de Westbrook teve como objetivos:

  1. comparar os erros de medicação identificados em auditoria e observação de relatórios de incidentes relativos a medicamentos;
  2. identificar as diferenças entre dois hospitais em relação à frequência, aos relatórios sobre os incidentes e às taxas de erros de medicação;
  3. identificar os erros de prescrição apurados pela equipe.

 
Foi realizada auditoria em 3.291 registos de pacientes em dois hospitais para identificar erros de medicação e obter evidências da sua identificação pelos profissionais de saúde. Erros na administração de medicamentos foram identificados a partir de estudo observacional direto de 180 enfermeiros que administraram 7.451 medicamentos. Procedeu-se à classificação da gravidade dos erros. Aqueles erros susceptíveis de resultar em danos para o paciente foram classificados como “clinicamente importantes”. Os erros de medicação da auditoria e/ou observação foram comparados com os incidentes relatados.
 
Resultados

 
Conclusões
Erros de prescrição, com o potencial de causar danos, muitas vezes passam despercebidos. O estudo concluiu que os incidentes relatados não refletem o perfil de erros de medicação que ocorrem em hospitais ou as taxas subjacentes. Isto demonstra a precisão da utilização de frequência de incidente para comparar o risco para o paciente ou a qualidade dos cuidados intra ou inter hospitais. Novas abordagens, incluindo a extração de dados dos sistemas eletrônicos de informação clínica são necessárias para apoiar a detecção de erros de medicação de forma mais eficaz e consequentemente proceder à sua mitigação.
 
FONTE:

Sair da versão mobile