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Guardiões da Terapia Antimicrobiana: O Papel Estratégico da CCIH e do SCIH no PGA

O SCIH realiza intervenções clínicas, como revisão de prescrições, e contribui para a eficácia do PGA

A crescente ameaça da resistência microbiana tem impulsionado a implementação de Programas de Gerenciamento de Antimicrobianos (PGA, também conhecido como Stewardship de antimicrobianos) em instituições de saúde. Esses programas visam otimizar o uso de antimicrobianos, garantindo eficácia terapêutica e minimizando efeitos adversos. Nesse contexto, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) desempenham papéis cruciais na coordenação e execução dessas estratégias.
A CCIH atua como órgão consultivo e deliberativo, responsável por estabelecer políticas e diretrizes para o controle de infecções hospitalares. Sua função inclui a elaboração de protocolos para o uso racional de antimicrobianos, alinhando-se às diretrizes nacionais e internacionais. A comissão também promove a educação continuada dos profissionais de saúde, disseminando boas práticas e atualizações sobre resistência microbiana.

 

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O SCIH, por sua vez, é o núcleo executivo da CCIH, encarregado de implementar as ações propostas. Suas atividades incluem a vigilância epidemiológica das infecções, análise de dados microbiológicos e monitoramento do uso de antimicrobianos. O serviço realiza intervenções clínicas, como revisão de prescrições e orientação sobre terapias antimicrobianas, contribuindo para a eficácia do PGA.

A integração entre CCIH e SCIH é fundamental para o sucesso do PGA. Enquanto a CCIH define as políticas e diretrizes, o SCIH executa as ações no campo, garantindo que as práticas estejam alinhadas com os objetivos do programa. Essa colaboração assegura uma abordagem abrangente e eficaz no combate à resistência microbiana.

 

 

A implementação de um PGA envolve diversas etapas, como a análise do perfil de resistência local, desenvolvimento de protocolos de prescrição, monitoramento do consumo de antimicrobianos e avaliação dos resultados clínicos. A CCIH e o SCIH desempenham papéis centrais em cada uma dessas fases, garantindo que as ações sejam baseadas em evidências e adaptadas à realidade da instituição.
A educação continuada é outro pilar importante do PGA. A CCIH organiza treinamentos e workshops para capacitar os profissionais de saúde sobre o uso adequado de antimicrobianos. O SCIH complementa essas ações com orientações práticas e suporte clínico, promovendo uma cultura de responsabilidade e conscientização sobre a resistência microbiana.
A colaboração interprofissional é essencial para o sucesso do PGA. A CCIH e o SCIH trabalham em conjunto com farmacêuticos, microbiologistas e outros profissionais de saúde para desenvolver estratégias integradas de manejo antimicrobiano. Essa abordagem multidisciplinar permite uma resposta mais eficaz às ameaças emergentes de resistência
A avaliação contínua do PGA é crucial para identificar áreas de melhoria e adaptar as estratégias conforme necessário. A CCIH lidera a análise dos indicadores de desempenho, enquanto o SCIH fornece dados operacionais e insights clínicos. Essa retroalimentação constante assegura a eficácia e a sustentabilidade do programa.
A resistência microbiana é uma ameaça global que requer ações coordenadas e eficazes. A atuação conjunta da CCIH e do SCIH no PGA representa uma resposta estratégica a esse desafio, promovendo o uso racional de antimicrobianos e protegendo a saúde dos pacientes. Investir na capacitação e no fortalecimento dessas equipes é essencial para garantir a qualidade e a segurança dos serviços de saúde.
Em conclusão, a CCIH e o SCIH desempenham papéis complementares e indispensáveis no Programa de Gerenciamento de Antimicrobianos. Sua colaboração efetiva contribui significativamente para a redução da resistência microbiana, melhoria dos desfechos clínicos e otimização dos recursos de saúde. O fortalecimento dessas estruturas é, portanto, uma prioridade para qualquer instituição comprometida com a excelência no cuidado ao paciente.

 

Fonte da imagem: Envato

Fonte: Douglas Ganzarolli Ribeiro da Silva, Ariane Melare Ramos dos Santos, Juliannie Fornari – 50-4DX2 Um olhar do stewardship sobre farmacoeconomia.: BMJ Open Quality 2024;13.



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