[ivory-search id="27469" title="Default Search Form"]
[ivory-search id="27469" title="Default Search Form"]

Gerenciamento de Antimicrobianos em Neonatologia e Pediatria – Diretriz Nacional Anvisa 2025

A diretriz recomenda a adoção de protocolos como sepse neonatal, pneumonia e infecções de corrente sanguínea

A Diretriz Nacional 2025 da ANVISA estabelece orientações específicas para implantar Programas de Gerenciamento de Antimicrobianos (PGA) em unidades de neonatologia e pediatria. Publicada em maio de 2025, ela visa orientar o planejamento, execução e avaliação das ações do PGA, considerando as singularidades clínicas e farmacológicas da população infantil.

O documento enfatiza a importância do comprometimento institucional, destacando que a liderança deve assegurar recursos financeiros, humanos e tecnológicos para o programa se consolidar de forma eficaz em ambiente hospitalar.

 

Leia mais: Resistência Antimicrobiana: O Desafio Global que Exige Ação Urgente

 

Uma das bases é a definição clara de competências: o documento aponta os diferentes papéis da equipe multidisciplinar — incluindo médicos neonatologistas, pediatras, farmacêuticos, microbiologistas e enfermeiros — para garantir prescrições criteriosas e seguras.

A Diretriz Nacional 2025 recomenda a adoção de protocolos clínicos padronizados para síndromes prioritárias como sepse neonatal, pneumonia e infecções de corrente sanguínea, de forma a reduzir variabilidade na prática médica e otimizar a abordagem farmacológica.

Outro ponto essencial é a auditoria ativa e contínua da prescrição de antimicrobianos, com monitoramento em tempo real e feedback estruturado aos prescritores, visando correções rápidas e embasadas em evidência.

 

 

O texto também estabelece controles restritivos para antimicrobianos de uso crítico, como esquemas que exigem autorização prévia para utilização e monitoramento intensivo pela equipe de PGA.

O monitoramento de indicadores epidemiológicos e de consumo (como DDD/DOT, taxas de resistência e desfechos clínicos) é requisito para avaliar o impacto do PGA. Esses dados subsidiarão ajustes e revisão contínua de processos.

A normativa reforça a necessidade de divulgação transparente dos resultados, garantindo que indicadores e evolução do programa sejam compartilhados com toda a instituição — promovendo cultura de accountability e engajamento.

A educação continuada é destacada como pilar fundamental: o programa deve oferecer capacitação regular a profissionais, além de comunicação clara a famílias e cuidadores, promovendo uso consciente e embasado de antimicrobianos.

Integração curricular com a farmácia clínica e microbiologia reforça o suporte técnico à prescrição e intervenção terapêutica. A articulação entre esses serviços garante ajustes adequados nas doses, interpretação de culturas e identificação de padrões de resistência locais.

Por fim, a Diretriz Nacional 2025 sinaliza que o PGA deve criar uma mudança cultural sustentável, promovendo um sistema onde diagnósticos precisos, terapias eficazes e uso racional de antimicrobianos se consolidem como prática institucional e diferencial de qualidade assistencial

A Diretriz Nacional 2025 oferece um arcabouço robusto e adaptado às realidades neonatais e pediátricas, incorporando evidências internacionais, experiência local e contexto regulatório brasileiro, fortalecendo a segurança do paciente e a qualidade da gestão dos antimicrobianos.

 

Fonte da imagem: Envato

Fonte: Anvisa



Deixe um comentário