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Reconciliação medicamentosa é o processo de obtenção da lista completa dos medicamentos de uso habitual do paciente e a comparação com a prescrição durante a internação. Usualmente, os envolvidos no processo são o médico, o farmacêutico e o enfermeiro.

Se discrepâncias são encontradas, elas podem impactar na segurança do paciente. Desta forma, faz-se necessária a revisão da prescrição no sentido de incorporar (ou não, de forma justificada) as medicações que o paciente fazia uso anteriormente.

Engajar o paciente é importante em vários processos assistenciais e vai além de informá-lo. É necessário escutar, entender sua opinião, entender o contexto social, econômico e cultural em que está inserido, debater opções possíveis e decidir o tratamento a ser adotado.

Um estudo recente, publicado pela Scholarly Journal of Informatics in Health and Biomedicine avaliou a utilização de tablet pelo paciente como uma ferramenta de checagem da lista de medicações.

Os pacientes foram selecionados aleatoriamente para utilizar a ferramenta para revisar e modificar (caso quisessem) a sua lista de medicamentos de acordo com a prescrição médica, antes ou depois da reconciliação medicamentosa feita pelos profissionais de saúde. Os principais resultados encontrados foram:

  • 74% dos pacientes mudaram a lista de medicações, sendo 81% antes e 66% depois;
  • Os participantes do grupo “antes” identificaram 57 mudanças de medicamentos que se “perderam” durante a admissão, no processo de reconciliação medicamentosa – 74% eram significativas ou com alto potencial de gravidade e 36% tinham alto risco de dano;
  • Os participantes do grupo “depois” identificaram 68 mudanças que ficaram de fora da lista de reconciliação medicamentosa – 75% eram significativas ou com alto potencial de gravidade e 49% tinham alto risco de dano.

 

Leia também: Reconciliação medicamentosa e a melhoria na segurança do paciente

 

A partir dos números, é possível perceber que o uso dos tablets, com o intuito de uma segunda conferência do processos sistemático de reconciliação medicamentosa, podem melhorar a segurança do paciente durante a hospitalização, uma vez que pode:

  • Reduzir o tempo de internação;
  • Reduzir a incidência de eventos adversos;
  • Aumentae a atenção e participação do paciente;
  • Melhorar os resultados assistenciais.

 

O engajamento dos pacientes no processo fez com que eles não apenas revisassem as listas, mas participassem da construção compartilhada da sua prescrição medicamentosa.

 

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Neste episódio, Aléxia Costa comenta um estudo que definiu alguns dos indicadores de farmácia clínica, que também tiveram propósito em gerenciamentos de reconciliações medicamentosas:

 

Referência:

Jennifer E Prey; Fernanda Polubriaginof; Lisa V Grossman; etc. Engaging hospital patients in the medication reconciliation process using tablet computers. A Scholarly Journal of Informatics in Health and Biomedicine. Setembro de 2018.

 



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