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A reconciliação medicamentosa é um processo formal e sistemático  de obtenção e avaliação da lista de medicamentos que o paciente faz uso com as prescrições de admissão, transferência ou alta da médica, com o objetivo de fornecer medicamentos corretos ao paciente em todos os pontos de transição.

É composto pelas 3 etapas principais:

  • Obtenção e verificação de uma lista completa e precisa dos medicamentos que cada paciente atualmente está fazendo uso, especialmente no processo de admissão do mesmo. A lista deve incluir o nome do fármaco, dosagem, freqüência de uso e via.
  • Após a obtenção desta lista, avalia-se a combinação dos medicamentos que o paciente já faz uso em relação aos medicamentos que foram prescritos.
  • Onde houverem discrepâncias, estas são discutidas com o prescritor e as razões para as mudanças na terapia são documentadas.
  • Quando o paciente é transferido (seja de um setor para outro, seja para outra organização ou para casa, no caso da alta) uma lista atual e precisa de medicamentos, incluindo as razões para a mudança, é fornecida para a pessoa que vai assumir os cuidados do paciente.

 

Pontos de transição que requerem atenção especial são:

  • Admissão do paciente
  • Transferência do departamento de Emergência para outras áreas de cuidados (enfermarias, UTI ou casa)
  • Transferência da Unidade de Terapia Intensiva para a enfermaria
  • Do hospital para casa, instalações de cuidados residenciais ou para outro hospital.

 

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O AHRQ, dos EUA, definiu os princípios orientadores para a concepção de um processo bem sucedido de reconciliação de medicamentos:

Definir papéis e responsabilidades para a reconciliação de medicamentos

Integrar a reconciliação de medicamentos no fluxo de trabalho existente.

Formalizar um fluxograma do processo de reconciliação de medicamentos.

Adequar as considerações do processo de reconciliação para as várias configurações da prática clínica.

 

Esses princípios essenciais devem ser considerados ao projetar o processo de reconciliação de medicamentos:

 

  • Desenvolver uma única lista de medicamentos (eletrônico ou em papel), compartilhada por todas as disciplinas para documentar os medicamentos atuais do paciente. Esta lista deve ser compartilhada e utilizada por todos os médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros cuidar do paciente. A lista deve estar centralmente localizada e facilmente visível no prontuário médico do paciente.
  • Cada disciplina deve ter a capacidade de atualizar os medicamentos da lista com informações novas ou mais confiáveis quando esta informação ​​torna-se disponível.
  • Definir claramente papéis e responsabilidades para cada disciplina envolvida na reconciliação de medicamentos (exemplo: médico, enfermeiro e farmacêutico).
  • Padronizar e simplificar o processo de reconciliação de medicamentos em toda a organização e eliminar redundâncias desnecessárias (um fluxograma do processo atual pode ajudá-lo a identificar esses redundâncias).
  • Desenvolver lembretes eficazes para um comportamento consistente para cumprimento da prática, entre todos os profissionais (exemplo: no sistema eletrônico no momento em que o médico prescreve).
  • Educar os pacientes e suas famílias ou cuidadores sobre a reconciliação de medicamentos e o papel importante que desempenham no processo.
  • Relacionar a reconciliação de medicamentos com outros objetivos estratégicos (por exemplo, a implantação de um protocolo assistencial gerenciado, um projeto hospitalar que trabalha na melhoria da satisfação do paciente relacionada ao tratamento da dor).
  • Adotar uma abordagem de equipe para a reconciliação de medicamentos e comunicar e atualizar as políticas e procedimentos sempre que necessário.

 

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Vale a pena assistir o vídeo CEES #019 – 8 dicas de indicadores validados para gerenciar a Reconciliação Medicamentosa publicado no canal Excelência em Saúde no youtube como material complementar a essa matéria.

CEES-019-(video)

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AlexiaAléxia Costa – Diretora de Ensino e Capacitação do IBES

Farmacêutica pela Universidade Católica de Santos. Mestre em Genética e Genomas pela UNIVAP. MBA em Gestão e Engenharia da Qualidade pela Escola Politécnica da USP. Monitora de Pesquisa Clínica pela Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica. Avaliadora de Sistemas de Saúde, através da metodologia ONA e Accreditation Canada. Docente da disciplina Gerenciamento de Riscos aplicado à Gestão da Qualidade, no MBA da Escola Politécnica da USP. Experiência em Gerenciamento de Farmácia Hospitalar e Oncológica em instituições de saúde. Fellow ISQua.

REFERÊNCIAS:

Chapter 3. Developing Change: Designing the Medication Reconciliation Process. Content last reviewed August 2012. Agency for Healthcare Research and Quality, Rockville, MD.