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Embora a qualidade e a experiência de internação do paciente tenha sofrido muitos avanços nas últimas décadas, a readmissão hospitalar não planejada teve seus índices aumentados, em muitos países. Essa estatística é alarmante, uma vez que expõe o paciente a mais complicações e aumenta os custos.

Segundo dados da Medicare (USA), 20% dos pacientes retornam ao hospital dentro de 30 dias após a alta, sendo 90% dos casos não planejados, o que gera um gasto de 30 bilhões de dólares.

A partir destes dados, um estudo foi implementado na Austrália para identificar os motivos desta readmissão e descobriu que um fator determinante associado a esse resultado negativo é o estado nutricional do paciente:

  • A desnutrição foi um dos fatores de alto risco para readmissão hospitalar e até mortalidade;
  • A desnutrição contribuiu tanto para a readmissão antecipada quanto tardia.

 

Em números, a pesquisa apontou:

  • 31% dos pacientes hospitalizados apresentaram desnutrição;
  • Só 16% dos pacientes passaram pela triagem nutricional na admissão hospitalar;
  • Os pacientes desnutridos durante a hospitalização tiveram um risco 39% maior de readmissão antecipada e 23% maior de readmissão tardia.

 

Além do estado nutricional, o estudo também identificou outros fatores e grupos de risco que contribui com as readmissões hospitalares:

  • Altas durante os dias da semana (em comparação com os fim de semana);
  • Pacientes que moram sozinhos;
  • Não admissão de pacientes (necessitados) na UTI;
  • População indígena.

 

Leia também: 20 parâmetros para gerenciamento da qualidade na UTI

 

Com essas informações, o estudo sugere implantar uma intervenção nutricional nos hospitais e estabelecer a melhoria destes dados como uma meta, já destacando duas ações possíveis:

  1. Realizar uma análise e intervenção nutricional rápida e antecipada;
  2. Incluir suplementos nutricionais orais nas dietas hospitalares.

 

Independentemente das medidas sugeridas e incorporadas para reduzir as readmissões hospitalares antecipada e tardia, a única certeza que temos é que não podemos nos acomodar. Ainda há muito a ser feito para mudar este quadro e nós precisamos começar com urgência.

 

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Um recente artigo dinamarquês utilizou dados de registros nacionais e de qualidade clínica em um esforço para avaliar a associação entre o cumprimento dos padrões da Acreditação e a adesão às diretrizes clínicas recomendadas. Confira com a Aléxia Costa quais foram os resultados:

 

Referência:

Yogesh Sharma; Michelle Miller; Billingsley Kaambwa; etc. Factors influencing early and late readmissions in Australian hospitalised patients and investigating role of admission nutrition status as a predictor of hospital readmissions: a cohort study. British Medical Journals. 2018.



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