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Ao todo, 69 projetos foram escolhidos para tratar de medidas de prevenção e combate ao vírus Zika e doenças correlacionadas. O evento foi organizado pelo Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde tem se envolvido cada vez mais em pesquisas de prevenção e combate ao vírus Zika e ao Aedes aegypti. Desta quarta-feira (30) até a próxima sexta, a pasta realiza, em Brasília, o seminário Marco Zero que reúne pesquisadores e especialistas das 69 pesquisas selecionadas por edital conjunto com os Ministérios da Saúde; da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e da Educação. Ao todo, R$ 65 milhões estão sendo investidos pelo Governo Federal para apresentar propostas que contribuam na prevenção, diagnóstico e tratamento de infecções causadas pelo vírus Zika e doenças correlacionadas.
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O evento vai ajudar a relacionar alguns aspectos principais à execução dos projetos, de acordo com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é de que o Ministério da Saúde se aproxime ainda mais desses pesquisadores, visto que a necessidade de intercâmbio de informações é imprescindível, caso seja necessária a reorientação ou formulação de políticas públicas voltadas para o combate à epidemia. Além disso, o órgão tem interesse em ter retorno rápido do financiamento dessas pesquisas.
Para isso, os pesquisadores terão que entregar relatórios quadrimestrais sobre o andamento dos projetos. Isso deverá ser feito entre o período que compreender os 48 meses propostos no edital, para a conclusão dos estudos e a apresentação dos resultados ao Governo Federal.
A reunião dos especialistas atende aos objetivos do eixo de Desenvolvimento tecnológico, educação e pesquisa do “Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e suas consequências”, articulado pelo Governo Federal, no ano passado. O decreto se fez necessário diante da necessidade de resposta imediata à Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) declarada em função da alteração do padrão de ocorrência de microcefalias no Brasil (Portaria nº 1.813/2015).
EDITAL – Lançado em junho de 2016, o chamamento público teve 529 projetos de pesquisas inscritos nos nove eixos de pesquisas: desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas; desenvolvimento e avaliação de repelentes e de imunobiológicos; inovação em gestão de serviços em saúde; imunologia e virologia; epidemiologia e vigilância em saúde; estratégias para controle de vetores; desenvolvimento de tecnologias sociais e inovação em educação ambiental e sanitária, além de Fisiopatologia e clínica. Ao fim da análise, foram selecionados 69 projetos.
Os aprovados estão divididos entre 33 instituições de pesquisas em 15 estados e no Distrito Federal, sendo as regiões Sudeste e Nordeste as que mais tiveram estudos selecionados, 39 e 21, respectivamente. Essas regiões irão receber mais de R$ 53 milhões para execução dos projetos escolhidos. Sobre as linhas de pesquisas com o maior número de estudos selecionados, está Epidemiologia e vigilância em saúde, seguido de Imunologia e virologia e Fisiopatologia clínica.
Os projetos estão sendo financiados dentro de três faixas de recursos: até R$ 500 mil, de R$ 500 mil até R$ 1,5 milhão e de R$ 1,5 milhão até R$ 2,5 milhões.
PESQUISAS – Até o momento, o Ministério da Saúde já se comprometeu com cerca de R$ 130 milhões para o desenvolvimento de vacinas, soros e estudos científicos para as doenças causadas pelo Aedes aegypti. Também foram liberados R$ 11,6 milhões para o desenvolvimento de vacina contra o vírus Zika pela Fiocruz. Do total, cerca de R$ 6 milhões (US$ 1,5 milhão) serão destinados para projetos de cooperação bilateral para pesquisas sobre o vírus Zika e microcefalia entre a Fiocruz e o National Institutes of Health (NIH). Os outros R$ 5,6 milhões serão para o desenvolvimento da vacina contra o vírus Zika.
Outra pesquisa para a vacina contra Zika está em desenvolvimento pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) em parceria com a Universidade Medical Branch do Texas, Estados Unidos. Os testes pré-clínicos (em primatas e camundongos) foram antecipados e serão realizados já em novembro deste ano. O estudo conta com o investimento de R$ 10 milhões.
Para financiamento da terceira e última fase da pesquisa clínica da vacina contra a dengue do Instituto Butantan, o Ministério da Saúde investirá R$ 100 milhões. Desse total, R$ 66 milhões já foram encaminhados ao instituto. O restante será transferido no mês de agosto.
RENEZIKA – Além das novas pesquisas que começarão a ser desenvolvidas, o Ministério da Saúde, também, lançou a Rede Nacional de Especialistas em Zika e doenças correlatas – Renezika, que já teve a sua primeira reunião realizada. A rede tem o objetivo de formular e discutir as pesquisas e o desenvolvimento tecnológico no combate ao mosquito Aedes aegypti.
A Renezika é formada por gestores da saúde, pesquisadores e representantes da sociedade civil, que ficarão responsáveis por formular e discutir ações e políticas para o enfrentamento ao Zika e às doenças relacionadas ao vírus. A expectativa é que os membros da Rede enriqueçam os debates e decisões para um melhor entendimento das doenças e aprimoramento da assistência às vítimas do Zika.
 
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FONTE: Ministério da Saúde