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A bactéria da Sífilis pode permanecer no corpo da pessoa por décadas

As primeiras fases do problema podem ser bem discretas e imperceptíveis, e a pessoa pode passar por eles sem notar, chegando à fase terciária, a mais grave de todas, entre dois e 40 anos depois da infecção. A sífilis, sendo uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria de nome Treponema pallidum, possui diversos estágios, e por ser imperceptível, é uma batalha que dura décadas.

O Ministério da Saúde lançou na tarde desta última quinta-feira (14), a Campanha Nacional de Combate à Sífilis em 2021. O Boletim da doença, apontou que em 2020 foram registrados 115.371 casos de sífilis adquirida, 61.441 de sífilis em gestantes e 22.065 de sífilis congênita com 186 óbitos.
Apesar de o diagnóstico e do tratamento serem simples, essa DST continua fazendo novas vítimas.

A campanha chama a atenção para as formas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Por meio da Lei nº 13.430, de 31 de março de 2017, instituiu-se o terceiro sábado do mês de outubro de cada ano como o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita (transmitida da mãe para o feto).

Como parte da campanha, foi lançado o Guia de Certificação de Transmissão Vertical. É um guia que padroniza o procedimento para a certificação da eliminação da transmissão vertical da sífilis e/ou HIV para estados e municípios com 100 mil habitantes ou mais.

Leia também: O que é Sífilis e como saber se você pode estar infectado?

“Quando observamos as notificações, nós vemos claramente que houve um pico de casos de Sífilis no ano de 2018. Mas, de 2019 a 2020, assistimos a uma considerável queda nos registros. E, exaltamos a atuação da Atenção Primária que faz o diagnóstico rápido da doença e encaminhado para o tratamento correto e adequado. Isso significa que o SUS está dando uma resposta cada vez mais rápida em relação a essa doença”, contou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo de Medeiros.

Somado a isso, destaca-se que, para além de uma boa cobertura de assistência pré-natal, é preciso identificar e corrigir falhas que ocorrem durante o cuidado, especialmente em relação à testagem, tratamento, registro de tratamento e seguimento com exame laboratorial.
O uso de preservativos em todas as relações sexuais, o acompanhamento durante a gestação e a testagem regular são formas de prevenir a doença.

A Secretaria de Saúde disponibiliza testes rápidos para o diagnóstico da sífilis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), antigo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na rodoviária do plano piloto. Nas maternidades, todas as gestantes e mulheres em situação de abortamento também são testadas. O teste também é oferecido às pessoas em situação de violência e para a população privada de liberdade.

O Ministério da Saúde reforça que a principal arma contra a doença é o uso de preservativo durante a relação sexual. Para identificar casos de forma precoce e encaminhar o paciente para o Sistema Único de Saúde (SUS), o Governo Federal realiza testagem de diagnóstico gratuito para a sífilis. Em 2020 foram distribuídos 7,2 milhões de testes rápidos e 6,6 milhões até setembro de 2021.

Os pacientes diagnosticados com a doença são encaminhados imediatamente para o serviço especializado em saúde para realizar o tratamento, também gratuito, inclusive durante o pré-natal (em caso de grávidas). Para isso, até setembro de 2021 foram 966 mil frasco-ampolas de penicilina benzatina e 113 mil frascos-ampolas de penicilina cristalina/potássica.

A sífilis é caracterizada por períodos de atividade e latência, esse último não manifesta sintomas. Além disso, apresenta diferentes fases. A fase primária é caracterizada por uma ferida única e indolor, com bordas bem definidas e endurecidas. A fase secundária inicia-se após a cicatrização da úlcera, normalmente a lesão cicatriza sem nenhum tipo de intervenção. A fase terciária é caracterizada por destruição tecidual e pode afetar os sistemas cardiovascular, nervoso e ósseo.

A detecção e o tratamento precoce são fundamentais para evitar a propagação da doença. O tratamento é feito com uso de medicamento disponibilizado na rede pública de saúde. Apesar de ser uma doença tratável e curável, ela não gera imunidade. Portanto, a pessoa pode se reinfectar caso tenha relações sexuais desprotegidas com pessoa infectada.

A sífilis durante a gestação pode provocar aborto, prematuridade e sequelas neurológicas, e causar a morte do recém-nascido. A gestante deve procurar a UBS mais próxima de sua residência para receber as orientações e iniciar o atendimento. Quando não tratada, a infecção pode evoluir para estágios de gravidade variada, acometendo diversos órgãos e sistemas, principalmente o nervoso e o cardiovascular.

A gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis atua para conscientizar sobre a doença a partir de estratégias de comunicação em saúde para a população em geral e, especialmente, para as populações mais vulneráveis. Ainda, promove educação permanente das equipes de saúde, com o desenvolvimento de ações estratégicas de prevenção coletiva da sífilis.

Fonte da imagem: Freepik

Fonte: Ministério da saúde



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