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medicamentos-inadequados-idososRecentemente o Instituto para Práticas Seguras no uso de Medicamentos (ISMP), publicou um boletim com uma lista de medicamentos inadequados para idosos.

Os idosos já configuram uma parcela crescente da população brasileira e tendem a apresentar múltiplas doenças e, por isso, utilizar muitos medicamentos.

Garantir a segurança farmacoterapêutica dos idosos é uma tarefa mais complexa do que em outras faixas etárias. Isso se dá em função de alterações fisiológicas e consequentes mudanças no perfil farmacocinético e farmacodinâmico de inúmeros fármacos.

A escolha do medicamento apropriado para idosos é um passo fundamental na prevenção de eventos adversos nessa faixa etária. Sua prescrição deve ser avaliada segundo a adequação às condições clínicas do idoso e constituir item indispensável para a promoção da segurança medicamentosa na população geriátrica.

Existem evidências de que o uso de medicamentos potencialmente inadequados para idosos está associado à ocorrência de diversos eventos adversos, como quedas, fraturas, confusão pós-operatória, sangramentos gastrointestinais, constipação, piora no quadro de insuficiência cardíaca congestiva, depressão, déficit cognitivo e disfunção renal.

Algumas recomendações para prevenção de eventos adversos envolvendo medicamentos inadequados para idosos

• Definir idosos como grupo-alvo prioritário para medidas de prevenção de eventos adversos relacionados a medicamentos.

• Incluir medicamentos seguros para idosos na padronização (ou lista de medicamentos padronizados) de serviços de saúde (levar em consideração princípios ativos, dosagem e forma farmacêutica).

• Adotar, atualizar e divulgar listagem de medicamentos potencialmente inadequados nos serviços de saúde, propondo alternativas terapêuticas e incorporando tal conhecimento para o desenvolvimento de protocolos diferenciados para a população geriátrica.

• Incorporar informações sobre medicamentos potencialmente inadequados em sistemas de prescrição informatizados com suporte para decisão clínica.

• Conscientizar os pacientes, familiares e cuidadores sobre a importância de medidas não farmacológicas para o controle de doenças.

• Divulgar os principais eventos adversos associados ao uso de medicamentos potencialmente inadequados entre os profissionais e as especificidades de suas consequências de acordo com o tipo de serviço oferecido (ex.: pneumonia aspirativa associada ao uso de óleo mineral em unidades de cuidado crítico).

• Incorporar referências de medicamentos potencialmente inadequados aos processos de adequação da farmacoterapia geriátrica, tais como conciliação medicamentosa, prevenção de quedas, revisão de prescrições, discussão multidisciplinar de casos clínicos, acompanhamento farmacoterapêutico, entre outros.

• Avaliar a possibilidade de redução do número de medicamentos utilizados pelos idosos, considerando sempre o uso de medidas não farmacológicas (ex.: fisioterapia para controle da dor), realizando a retirada de medicamentos potencialmente inadequados sempre que possível e observando os riscos de síndrome de abstinência (ex.: retirada abrupta de benzodiazepínicos).

• Se o uso de medicamentos potencialmente inadequados for indispensável, inserir o medicamento na menor dose terapêutica, mediante ajuste de acordo com a função renal e hepática do idoso, propondo aumento gradual e cauteloso. Sempre que possível, deve-se retirar o medicamento da farmacoterapia geriátrica assim que controladas as situações agudas que os demandem.

• Individualizar parâmetros de efetividade e de segurança para a farmacoterapia geriátrica de acordo com o perfil do idoso e acompanha-lo com frequência para evitar eventos adversos (ex.: metas glicêmicas menos rígidas de acordo com a vulnerabilidade do idoso para prevenir hipoglicemias).

• Considerar sempre a possibilidade de que as disfunções sistêmicas sejam consequência de eventos adversos e não a presença de um novo diagnóstico (ex.: tonteira devido ao uso de agente anticolinérgico e não um novo diagnóstico de labirintite).

• Orientar os pacientes, familiares e cuidadores sobre os riscos associados ao uso de medicamentos potencialmente inadequados, incluindo aqueles isentos de prescrição que estão associados à prática de automedicação (ex.: ibuprofeno, óleo mineral, dexclorfeniramina).

• Promover a adesão da farmacoterapia somente depois de analisar se cada um dos medicamentos é indicado e está sendo efetivo e seguro, incluindo a avaliação da prescrição de acordo com critérios para identificação de medicamentos potencialmente inadequados.

Confira a lista de medicamentos potencialmente inadequados para idosos clicando aqui

 

 

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