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saude 2Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram tema de um simpósio realizado nesta quarta-feira (25) durante a 22ª Conferência Mundial de Promoção da Saúde, em Curitiba (PR). Os palestrantes apresentaram um histórico sobre a evolução das metas que levaram à aprovação dessa agenda internacional em setembro do ano passado, na Assembleia Geral das Nações Unidas, e analisaram os próximos passos.
O debate foi moderado pelo consultor para o Programa Especial de Desenvolvimento Sustentável da Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Fábio Evangelista, que abriu as discussões ao lembrar dosObjetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). “Os ODM tiveram seu prazo de 1990 até 2015. No entanto, observando todos os avanços que trouxeram, percebeu-se que era uma ferramenta essencial para alcance de resultados, como a redução do numero de pessoas em extrema pobreza, dos índices de desnutrição”, afirmou.
De acordo com Evangelista, os ODS são compostos de 17 objetivos e 169 metas relacionadas entre si. “É importante salientarmos que esta agenda é uma janela muito importante para que os objetivos presentes na saúde sejam alcançados por meio dos ODS. O prazo é até 2030 e temos muito trabalho pela frente”, disse.
Segundo o diretor do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Rômulo Paes, os ODS são um apelo a uma geração para que as gerações seguintes possam viver melhor. “Uma agenda de desenvolvimento sustentável é uma tarefa de todos nós, governo, sociedade civil, grupos organizados. É importante que os ODS projetem as pessoas e territórios onde elas vivem para um desenvolvimento mais sustentável e mais inclusivo”.
Para Luis Fernando Resende, do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), a agenda dos ODS continua aberta. “Não tenho dúvidas que no decorrer do tempo teremos aperfeiçoamentos. O desafio é que ela se torne conhecida por boa parte da população, sociedade civil e poderes. É um momento de disseminação da estratégia como um todo. Eu mesmo já vi coisas com as quais tenho discordância. Isso é natural numa agenda negociada com mais de 200 países e que ficou aberta para adequação a realidade de cada nação”, destacou.
A chefe interina do Programa de Desenvolvimento Sustentável e Equidade na Saúde da OPAS/OMS em Washington, Kira Fortune, se diz otimista quanto ao avanço da nova agenda em relação aos ODM. “O que é tão único nos ODS é que nos dá chance de pensar sobre toda a população e não apenas setores específicos. Com isso, não deixamos ninguém para trás”. Ela também citou a importância dos entes subnacionais, como os municípios. “Temos práticas tão boas a nível local. Precisamos aprender com elas e ver como podem ajudar na esfera global”, finalizou.
 
FONTE: OPAS/OMS