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Você já deve ter se perguntado qual é o caminho que o sangue doado percorre antes de ser utilizado em uma transfusão e como são os cuidados para que ele chegue da maneira adequada a pessoa que precisa. Depois de coletado, o material passa por uma série de procedimentos e exames que garantem a preparação correta das bolsas de sangue. Isso para que, quando a transfusão ocorra, os hemocomponentes estejam corretamente preparados e possam ser transfundidos no momento certo e na quantidade adequada à necessidade do paciente.

Para que não haja dúvidas de como é o processo de preparação da bolsa de sangue que ficará disponível para transfusões, o Blog da saúde, em parceria com a Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde (MS), traçou o caminho do sangue, que começa pela procura do doador por um banco e termina na hora em que o paciente recebe o sangue através de uma transfusão.

No Brasil, a doação de sangue é voluntária, anônima, altruísta e não remunerada, não devendo o doador ser remunerado ou beneficiado direta ou indiretamente pela doação. O sangue doado também não pode ter valor atribuído em qualquer tipo de cobrança. Além disso, no SUS não há nenhum tipo de custo repassado ao paciente em casos de transfusão.

Antes da doação

Quando um indivíduo procura um banco de sangue para realizar a doação, existem procedimentos que são seguidos à risca e servem como padrão para todas as pessoas. O primeiro passo é a identificação do candidato. Todos devem portar documento de identificação com foto e preencher uma ficha cadastral com dados que permitam identificá-lo. Um número de registro também será gerado. É nele que ficarão contidos os dados que serão atualizados a cada novo comparecimento no hemocentro.

Também fica à disposição um material com informações preliminares e orientações sobre doação de sangue, ou profissionais que possam responder a dúvidas do candidato à doação de sangue.

Qualquer questionamento pode ser esclarecido nesse momento, como processo de coleta, riscos potenciais da doação de sangue, sinais clínicos, comportamentos sexuais e hábitos que oferecem risco acrescido para HIV e outros agentes transmissíveis pelo sangue, testes que serão realizados no sangue doado, realização de outros testes investigativos ou de pesquisa e condutas que devem ser adotadas em caso de resultados alterados dos exames.

Após essas fases iniciais, o futuro doador passa para a triagem clínica, que consiste em uma avaliação clínica e epidemiológica, um exame físico, e a análise de um profissional da saúde capacitado das respostas do candidato ao questionário sobre a história médica atual e prévia, os hábitos e fatores de risco para doenças transmissíveis pelo sangue do voluntário.

Todas as informações são confidenciais e é importante que o doador seja honesto, lembrando que as respostas são sigilosas.

Os sinais vitais também são aferidos (pressão arterial, pulso e temperatura), o peso e a altura, dosagem de hemoglobina ou medida do hematócrito.

Ao final desse processo, o candidato pode ser considerado apto, inapto temporariamente, inapto definitivo e inapto por tempo indeterminado. Em todos os casos o paciente deve ser comunicado do motivo.

O paciente considerado apto deve assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para a doação, no qual declara ter recebido todas essas informações, ter resolvidas todas as suas dúvidas e que concorda em doar sangue.

15 minutos para doar

A coleta de bolsas de sangue é feita com material descartável, estéril, e de uso clínico. O procedimento passa por um controle rigoroso para evitar a contaminação da unidade coletada, e o profissional treinado deve evitar complicações locais, como hematomas.

A doação não dura mais de 15 minutos, e o processo todo dura em média 40 minutos. É necessária uma observação por alguns minutos antes da liberação do doador, que é orientado a comer, aumentar ingestão de líquido, e evitar atividades físicas intensas.

Após a doação

Os tubos de amostras com o sangue doado são enviados aos laboratórios correspondentes, e as bolsas são transportadas, em condições adequadas, para o setor de processamento do sangue total, para a produção e modificação de hemocomponentes.

O serviço de hemoterapia “divide” o sangue em componentes eritrocitários (concentrados de hemácias), plaquetários e plasmáticos. Esses hemocomponentes podem ser modificados para atender necessidades especiais de alguns pacientes. São feitos testes de sorologia, biologia molecular e himuno-matológico, que é quando o tipo de sangue e suas características vão ser descobertas.

Enquanto os exames não chegam, as amostras ficam armazenadas temporariamente até a liberação do teste. Esse processo é chamado de quarentena. Só são liberadas as bolsas com resultados não reagentes/negativos para os testes sorológicos e para os testes de detecção de ácido nucleico viral (NAT), que são duas metodologias de testagem utilizadas atualmente no Brasil para o sangue doado.

Após obtenção dos resultados dos exames de qualificação do sangue do doador, os hemocomponentes são liberados no sistema informatizado e, em seguida, emitidos os rótulos de produtos liberados, que são firmemente afixados a eles, respeitando a identificação numérica ou alfanumérica que a bolsa traz desde a coleta e completando o rótulo com as informações da liberação. Os bancos também seguem à risca os procedimentos de conservação específicos de cada um dos hemocomponentes.

Enfim, a transfusão

Após todas as etapas e diante de uma requisição de transfusão e sua prescrição no prontuário médico, são coletadas amostras de sangue do receptor.

O profissional faz a coleta e identifica o paciente através de um bracelete. Os tubos com amostra também devem ser rotulados de maneira imediata. As amostras são encaminhadas ao laboratório para realização dos exames pré-transfusionais que dirão qual tipo de bolsa para transfusão o paciente precisa.

Todos os cuidados são tomados antes de iniciar qualquer processo de transfusão. Verifica-se as informações do paciente, aferir-se a temperatura, frequência cardíaca, pressão arterial e frequência respiratória do receptor.

Depois de iniciada a transfusão, o profissional de saúde deve acompanhar por no mínimo 10 minutos o paciente, com o intuito de evitar qualquer reação e problemas mais graves decorrentes do processo.

 

 

FONTE: Ministério da Saúde

 

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